Fernandinho Beira-Mar é transferido de presídio federal de Mossoró após fuga de presos
Transferência teria sido ocorrida de forma sigilosa no último sábado, aponta jornal
Fernandinho Beira-Mar foi transferido do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para Catanduvas, no Paraná, no último sábado (2). Líder de uma das principais facções criminosas do Brasil, ele foi removido do local após registro da primeira fuga de detentos de uma unidade de segurança máxima na história.
Segundo o portal g1, outros dois detentos, Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida, também foram transferidos de Mossoró a Catanduvas. No total, 24 presos foram levados para Catanduvas no último sábado (2).
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Atualmente, cinco presídios de segurança máxima funcionam em solo brasileiro sob coordenação da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça. Eles estão localizados em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Distrito Federal.
Os cinco presídios abrigam, ao todo, 489 presos. Todos foram construídos para receber condenados de alta periculosidade e lideranças do crime organizado. Entre os equipamentos dessas unidades, estão modernos sistemas de vigilância, com câmeras escondidas e sensores para detectar pessoas e drogas.
Além disso, conforme informações do jornal Folha de S. Paulo, eles também contam com equipamentos para atendimentos médico, odontológico, psicológico e de enfermagem, com o objetivo de evitar a transferência dos presos.
Fugitivos de Mossoró
Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35, fugiram da penitenciária federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro. Os dois respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio. Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.
Deibson, também conhecido como Tatu ou Deisinho, está ligado a 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.
Já Rogério da Silva, o Martelo, responde a processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.