Dois presos fogem de penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró

Trata-se da primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco unidades de segurança máxima

Dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na manhã desta quarta-feira (14). Segundo informações do jornal O Globo e Tribuna do Norte, os foragidos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ambos naturais do Acre.

Os dois estavam na unidade desde setembro do ano passado, após serem transferidos do sistema prisional do Acre para o presídio federal de Mossoró.

Esta é primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco unidades de segurança máxima. Ainda não há informações de como os criminosos escaparam. 

Além de acionar a Polícia Federal (PF), o Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu o apoio das secretarias da Segurança Pública e da Defesa Social e de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte para localizar os fugitivos.

Segundo o ministério, todas as providências necessárias para recapturar os foragidos e esclarecer as circunstâncias da fuga já estão sendo adotadas. O secretário nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, está viajando para Mossoró a fim de acompanhar de perto a apuração dos fatos, conforme divulgado pela Agência Brasil

O presídio federal de Mossoró é o único do Nordeste e uma das cinco unidades prisionais federais do país. O local possui 13 mil metros quadrados e abriga mais de 200 detentos.

O governo do Rio Grande do Norte informa que entrou em contato com as secretarias de Segurança Pública da Paraíba e do Ceará para reformar a segurança na divisa dos estados.

Crimes

Segundo o Globo, Deibson - conhecido como "Tatu" ou "Deisinho" - aparece em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo.

Já Rogério responde processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ambos são apontados como líderes de organização criminosa.