Fabíola Aniely da Conceição, policial militar que deu um tapa em uma mulher suspeita de espancar a própria filha de 11 anos, se defendeu dos ataques que vem recebendo e diz ter errado na abordagem. O caso aconteceu no município de Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco, na última sexta-feira (26).
“Hoje, minha maior preocupação não é o engajamento, a quantidade de xingamento que estou recebendo, não é se vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como é que ela está, porque ela sofreu agressões físicas e, principalmente, psicológica”, enfatizou a agente, em pronunciamento nas redes sociais.
A declaração de Fabíola foi publicada em seu perfil privado no Instagram, mas repostada publicamente pelo portal local ‘Fato Vitória’. No depoimento, ela defendeu que não pretende se promover com a repercussão do caso.
“Eu não sei se eu vou ser punida, porém se eu for, eu vou cumprir porque estamos sujeito à falha. Eu falhei, porém atrás de uma farda, existem seres humanos. Homem, mulher e mãe”, acrescentou.
Fabíola Conceição também argumentou que não sofreu machismo, o que estaria sendo questionado por seguidores, e tem recebido suporte dentro da corporação. “Eu tive apoio do começo ao fim, tanto dos meus colegas que estavam de serviço quanto dos que estavam de folga. O oficial que estava me deu o maior apoio e o comandante do batalhão também. Porém, eu faço parte de uma instituição militar onde tem vários procedimentos que são de praxe”, pontuou.
SUSPEITA DE ESPANCAMENTO
Em vídeo que circula nas redes sociais, a policial aproxima-se da suspeita, que ajuda a criança a sair de um carro. Percebendo que a menina anda com dificuldade, a agente a afasta da mulher e questiona a responsável: “Foi tu que ‘fizesse’? Foi tu que ‘fizesse’ isso?”.
Neste momento, a profissional de segurança desfere um tapa no rosto da mãe. “Você não gosta de bater, né? Você não gosta?”, pergunta novamente em seguida, enquanto algema a mulher.
De acordo com informações do Diário de Pernambuco, a ocorrência foi denunciada por vizinhos, que retiraram a menina da casa da família e a levaram para um hospital da cidade.
Acionados, agentes da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) foram até a unidade de saúde. No local, a equipe descobriu que a mãe se negava a permitir que a criança desembarcasse do carro.
Sobre o tapa dado pela policial na mulher, a PMPE declarou ter iniciado uma investigação para “apurar as circunstâncias da abordagem policial e tomar as providências necessárias”.
Ainda segundo a corporação, a mãe foi presa e conduzida até a Depol do município para prestar depoimento.