Caso Miguel: Justiça condena Sari Corte-Real a 8 anos e seis meses de prisão

A determinação do juiz ordena que Sari Corte-Real inicie o cumprimento da pena em regime fechado

Legenda: A primeira-dama de Tamandaré (Litoral Sul), Sari Gaspar Corte Real, em entrevista para o Fantástico
Foto: Reprodução/TV Globo

Sari Corte-Real, patroa da mãe do menino Miguel Otávio de Santana, foi condenada a oito anos e seis meses de reclusão por abandono de incapaz. A sentença foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) na noite desta terça-feira (31).

Miguel, de 5 anos, morreu após cair de um prédio de luxo no Recife, em 2 de junho de 2020.

De acordo com informações do portal g1, a decisão foi proferida pelo juiz José Renato Bezerra, titular da 1ª Vara dos Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital.

A determinação do juiz ordena que Sari inicie o cumprimento da pena em regime fechado. Ela ainda tem o direito de recorrer em liberdade.

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A sentença saiu na antevéspera do aniversário de dois anos da morte do menino.

Conforme a sentença, “não há pedido algum a lhe autorizar a prisão preventiva, a sua presunção de inocência segue até trânsito em julgado da decisão sobre o caso nas instâncias superiores em face de recurso, caso ocorra”.

Entenda o caso Miguel

No dia 2 de junho, o garoto Miguel Otávio de Santana, 5, morreu após cair do 9º andar de um prédio no Recife. Ele estava aos cuidados de Sari Corte-Real, enquanto sua mãe passeava com a cadela da ex-patroa. Após tentar impedir por algumas vezes que o garoto entrasse sozinho no elevador, a mulher acabou permitindo na quinta tentativa.

Desacompanhado, Miguel se deslocou pelo elevador até um andar mais alto, pulou a janela que dava para uma área onde ficavam os condensadores de ar-condicionado, escalou uma proteção de alumínio, caiu e morreu.

O QUE CONCLUIU A INVESTIGAÇÃO?

O inquérito policial apontou que houve abandono de incapaz com resultado de morte. Segundo a investigação, Sari abandonou a criança de maneira consciente e teve uma conduta omissiva ao permitir que o garoto entrasse sozinho no elevador.

O QUE DIZ SARI CORTE-REAL?

Em depoimento, ela disse que tinha se confundido e havia deixado a porta do elevador se fechar no momento em que a filha dela a chamou.