UFRJ pode fechar em julho por falta de recursos, denunciam reitora e vice-reitor

Instituição sofre cortes e, segundo a administração, não consegue pagar as contas

Escrito por Diário do Nordeste ,
fachada da ufrj
Legenda: Denúncia foi publicizada pela administração da universidade
Foto: Divulgação/UFRJ

A reitora e o vice-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) denunciaram que a instituição poderá fechar as portas em julho por falta de dinheiro. A denúncia de Denise Pires de Carvalho e Carlos Frederico Leão Rocha foi publicada em artigo no jornal O Globo na última quinta-feira (6) e reproduzida no site da instituição.

“A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água", dizem os gestores.

A instituição é a maior universidade federal do Brasil e a primeira instituição oficial de ensino superior do País.

"O governo optou pelos cortes, e não pela preservação dessas instituições. A universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A universidade está sendo inviabilizada”, diz o artigo.

Segundo o texto, desde 2013 o orçamento das universidades brasileiras "vem sendo radicalmente cortado".

"O orçamento discricionário aprovado pela Lei Orçamentária para a UFRJ em 2021 é 38% daquele empenhado em 2012. Quando se soma o bloqueio de 18,4% do orçamento aprovado, como anunciado pelo governo, seu funcionamento ficará inviabilizado a partir de julho", escrevem a reitora e o vice-reitor. 

Pandemia e Ciência

No texto, a reitora e o vice ainda destacam a importância da instituição no combate à pandemia de Covid-19. A UFRJ, citam realizou "testes moleculares padrão ouro por RT-PCR, enquanto a rede privada não dispunha desses testes diagnósticos".

Além disso, a universidade possui o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, onde foi instalado "um novo CTI e mais de 100 leitos de enfermaria para tratamento da Covid-19".

"Realizamos estudos pioneiros de vigilância genômica, identificando novas variantes dos vírus; desenvolvemos testes sorológicos, e vacinas com tecnologia nacional estão na fase de testes pré-clínicos", listam os administradores da instituição.

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