Sócio de restaurante que brigou com motoboy que sentou para carregar celular é afastado

O trabalhador foi destratado na frente de outros funcionários

Escrito por Redação ,
Momento da agressão verbal
Legenda: O homem que aparece gritando com o motoboy não foi identificado
Foto: Reprodução

A Bloomin’Brands, empresa detentora do restaurante italiano Abbraccio, afastou o sócio que discutiu com um motoboy, no ParkShopping, em Brasília. Em vídeo que circula nas redes sociais, o empresário reclama com o entregador por tê-lo visto sentado para carregar o celular no empreendimento. 

Assista ao vídeo:

O homem não teve a identidade divulgada. Em nota enviada ao jornal Metrópoles, a empresa disse que a situação retratada no vídeo "não condiz com a relação da marca com os profissionais de entrega”.

O grupo também informou que fará uma apuração do caso e já "iniciou a reorientação de todo o time do restaurante em relação à filosofia para que situações como esta não voltem a acontecer”. 

Entenda o caso

Nas imagens, o sócio questiona o trabalhador, que estava em uma área destinada ao apoio de entregadores.

"Na minha loja, você não pisa mais. Se eu pedir para alguém te ver aqui… Já vou te excluir do Ifood, beleza? Só isso que eu tenho para te falar”, exigiu. 

O espaço é destinado para os motoboys ficarem enquanto aguardam a finalização dos pedidos. Apesar disso, o sócio demonstra estar irritado com a situação. 

“E tu não folga, não. Você não está na sua casa. Eu estou neste shopping tem 15 anos. Não vai chegar um motoboy aqui e achar que manda, não, beleza?”, exaspera-se. 

Ele segue a discussão e dirige-se a outro funcionário do shopping: "Vocês não deviam deixar o cara com isso aqui para carregar. Isso aqui é do shopping. Vou ligar para o Carlos Alberto, porque isso aqui não pode acontecer", continuou. 

"Não tem condições. Pago R$ 140 mil de aluguel para o motoboy sentar aqui e colocar o celular dele para carregar? Não vou nem a pau”, finalizou. 

Ao Correio Braziliense, o motociclista Everton Santos Silva disse que vai acionar a Justiça. “Vou procurar o sindicato dos motoboys, que é minha classe de trabalho, procurar uma advogada”, afirmou.

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