Perdigão recolhe toneladas de alimentos do mercado por risco da presença de Salmonella
Os lotes de alguns produtos de carne de frango in natura a serem recolhidos somam 164,7 toneladas no mercado doméstico
A BRF anunciou, nesta quarta-feira (13), o recall de produtos da marca Perdigão por risco de presença da bactéria Salmonella enteritidis. Ao todo, 13 estados receberam os alimentos que serão recolhidos, entre eles o Ceará. Os produtos incluem pedaços de carne de frango in natura, como "Cortes congelados de frango", "Coxa e sobrecoxa sem osso", "Meio peito sem osso e sem pele", "Filezinhos de frango (Sassami)", "Miúdos Congelados de Frango - Coração" e "Cortes congelados de frango - Peito".
No total, os alimentos a serem retirados do mercado somam 164,7 toneladas no Brasil e a ação inclui o recolhimento preventivo de 299,6 toneladas destinadas ao exterior.
Os lotes foram produzidos em outubro e novembro de 2018 na unidade da empresa localizada na cidade de Dourados (MS). Os estados que receberam os insumos foram Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
"A BRF esclarece que caso esses alimentos não sejam completamente fritos, cozidos, assados ou manuseados conforme descrito nas embalagens, a Salmonella enteritidis representa risco à saúde", diz a empresa no comunicado de recall divulgado nesta quarta-feira (13).
Em comunicado ao mercado disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BRF explica que "a decisão de recolher todos os lotes, ao invés de partes da produção afetadas, segue o princípio da precaução e o compromisso da BRF com Segurança Alimentar, Qualidade e Transparência", e que o incidente e o recolhimento dos produtos foram reportados a autoridades brasileiras como o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com a qual acordou as bases do recolhimento voluntário.
A companhia diz que iniciou proativamente o inventário e recolhimento dos produtos em rota ou junto aos clientes no mercado interno e externo, e destacou um grupo de especialistas para investigar as origens "deste único caso para garantir a adoção das medidas apropriadas para evitar recorrência".
A produção em Dourados segue "sob um processo rigoroso de manutenção e liberação dos produtos para assegurar que a ocorrência foi pontual e não se repetirá", afirma a empresa.