Marmita Gate: Polícia Civil abre investigação sobre suposto estelionato em projeto social
Caso viralizou nas redes sociais após denúncias de usuários no Twitter
Uma investigação apara apurar suposto crime de estelionato nas redes sociais foi aberto pela Polícia Civil em Santa Catarina, logo após repercussão de um caso divulgado no Twitter como 'Marmita gate'. A informação foi confirmada nesta quarta (28) e irá investigar os detalhes de um projeto que solicitava doações via PIX para compra de marmitas para pessoas em situação de rua em Blumenau, no Vale do Itajaí.
Divulgação de marmita estragada
O caso repercutiu logo depois da divulgação de uma possível doação de carne estragada ser publicada por uma das criadoras do projeto "Alimentando Necessidades". Dias depois de receber milhares de curtidas, a publicação viralizou após internautas descobrirem divergências do que havia sido divulgado.
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Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), duas representações foram recebidas, mas o contexto das denúncias não foi detalhado.
Até então, não se sabe quantas pessoas teriam sido lesadas por conta deste caso. O modus operandi, informou a Polícia Civil, "consistia em pedir quantias em dinheiro, que seriam destinadas à compra de alimentos para pessoas necessitadas, mas os valores seriam desviados para benefícios próprios".
Eduarda Poleza, jovem responsável pela publicação, foi contactada pelo G1, mas não forneceu nenhuma resposta. Anteriormente, ela já havia afirmado ao portal em questão que estava tranquila em relação ao caso.
"Eu tô muito tranquila, acredito que quem não deve não teme, a respeito dos diversos crimes de calúnia, difamação e danos morais, com certeza medidas serão tomadas. Pessoas tiram a própria vida por causa disso", afirmou na ocasião, chegando a reiterar a existência do projeto.
Outros órgãos
A prefeitura e a Assistência Social de Blumenau declararam que nenhuma denúncia sobre o projeto foi recebida.
A ONG, até então, não é cadastrada na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semudes) e nem recebe recursos junto à prefeitura.
Enquanto isso, a Arquidiocese de Blumenau, respondeu, após questionamento do portal G1, que não possui conhecimento do "Alimentando Necessidades".