Mansão irregular avaliada em R$ 2,5 milhões é derrubada na Rocinha
Imóvel pertencia a traficante chamado 'Johnny Bravo', que controla o crime em parte da comunidade
Uma mansão localizada na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, pertencente aos chefes do tráfico na comunidade, foi demolida nesta quarta-feira (13) pela Prefeitura do Rio e pelo Ministério Público (MPRJ). Segundo o g1, a casa era utilizada pelo criminoso John Wallace da Silva Viana, conhecido como Johnny Bravo.
O imóvel de luxo, de três andares e cobertura, estimado em R$ 2,5 milhões por engenheiros da gestão municipal, chegou a ser mostrado pelo traficante em uma publicação nas redes sociais datada de 2020.
A mansão estava em uma área de cerca de 600 metros quadrados, sendo 100 metros quadrados só de terraço descoberto com vista privilegiada para a praia de São Conrado.
Conforme a promotora Gláucia Rodrigues, do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a demolição é parte de um conjunto de ações "com o escopo de dissuadir o crescimento urbano desordenado e, ao mesmo tempo, impactar a lucratividade das organizações criminosas".
A promotora relatou ainda que, durante a ação, foi possível identificar na mansão diversas pinturas alusivas ao tráfico de drogas. "Seguiremos realizando essas demolições de construções irregulares com foco principal na preservação das vidas", acrescentou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
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Demolições de mansões
Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro, desde 2021, foram feitas 2,8 mil demolições de construções irregulares na cidade, sendo 75% em áreas que sofrem com a influência do crime organizado. Recentemente, em agosto, foi demolido outro imóvel com investimento estimado em R$ 1 milhão.
Quem é Johnny Bravo?
Johnny Bravo, 35, é tido como responsável pelo controle de parte da Rocinha desde 2017, quando houve uma desavença entre dois antigos chefes da comunidade: Antônio Bonfim Lopes, o "Nem da Rocinha", e Rogério Avelino da Silva, o "Rogério 157". Os dois estão condenados e presos em cadeias federais.
Johnny, segundo o g1, já foi visto em redes sociais usando anéis com o nome "Rogério 157". Contra ele, há em aberto pelo menos seis mandados de prisão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e homicídio.