Juíza que parou Whatsapp é odiada por defensores e amada por policiais

Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª vara criminal do Fórum de São Bernardo do Campo (SP), é figura temida e respeitada na região

Escrito por Redação ,

A juíza Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª vara criminal do Fórum de São Bernardo do Campo, em São Paulo, ganhou manchetes do Brasil e do mundo na última quarta-feira (16), quando determinou o bloqueio do Whatsapp para todos os 100 milhões de usuários, em todo o País, por 48 horas. A medida surpreendeu muita gente, mas não quem acompanha de perto o trabalho da juíza. Odiada por defensores criminais por sua extrema rigidez e amada por policiais pelo mesmo motivo, ela é uma figura temida e respeita na região.

"Tenho ouvido comentários maldosos sobre a juíza Sandra, mas a verdade é que ela é admirada aqui por ser uma combatente implacável do crime organizado", diz o advogado criminal, Luís Ricardo Vasques Davanzo, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Bernardo do Campo. Conhecida justamente por levar ao extremo o limite da lei em busca da justiça, Dra. Sandra, como é conhecida, havia determinado que o Facebook, controlador do Wahtsapp, liberasse mensagens de um investigado por crimes de tráfico de drogas ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Como foi ignorada, ela não titubeou em mandar bloquear o aplicativo mais usado do País.

 Rigidez

Na 1ª vara criminal do Fórum de São Bernardo do Campo, comandada pela juíza Sandra, chegam inúmeros processos de criemes que não têm relação direta com a vida, tais como furto, roubo, tráfico, prostiuição e crime organizado de maneira geral. Segundo testemunhas da região, em situações assim a chance de condenação é de 99,9%, ainda que a acusação seja leve. Quando vai estavelecer a pena, a juíza também costuma optar pelo teto previsto em lei, condenando o acusado à pena máxima.

“Se alguém comete um furto simples, aqui em São Bernardo, a gente já avisa que o caso é fácil, não vai preso, desde que não caia na 1ª vara da Dra. Sandra”, explica um dos advogado da região. Com ela, contam, não há risco de clemência: na dúvida, manda prender.