Homem perde 39 kg em dois meses após ficar internado em UTI por Covid-19 em São Paulo
Além da obesidade, paciente não tinha nenhuma doença preexistente
O administrador Alexandre Zaccarelli, 41 anos, passou por uma mudança significativa após contrair a Covid-19: perdeu 39 quilogramas (kg) após ficar 66 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Tatuí, São Paulo. Ele recebeu alta da unidade nesta quarta-feira (10) e pediu cuidado e consciência por parte da população. As informações são do portal G1.
"Se cuidem, pois não é apenas uma gripezinha, a Covid-19. Fiquem em casa, não se aglomerem e façam corretamente o isolamento", alertou em vídeo.
De acordo com a irmã de Alexandre, Cláudia Zaccarelli, os dias desde a confirmação da doença até o período em que ele ficou internado foram de pânico. "Estávamos desesperados, pois sabíamos do risco. Ele buscou três vezes atendimento, mas o hospital estava lotado e, por isso, agravou tanto", diz.
O irmão, segundo ela, não possuía nenhum tipo de doença preexistente, mas estava obeso — o que poderia ser um agravante para a infecção pelo novo coronavírus.
Como foi a internação
Alexandre precisou ficar intubado em 57 dos 66 dias em que ficou internado. A irmã Cláudia contou que, até que o irmão se recuperasse, foram necessárias hemodiálise e bolsas de sangue. Os cuidados foram necessários porque, durante a internação, o paciente desenvolveu quadro de anemia, chegando a perder 39 kg, inclusive em razão da falta muscular.
"Foi traumático, mas levamos cada dia de uma vez. Em um dia ótimas notícias, e no outro notícias ruins. Mas depois de tudo isso, ele recebeu alta e não teve sequelas", diz Cláudia.
Ainda conforme a irmã, o paciente acabou com outras complicações após se curar da Covid-19. "Quando venceu a Covid, precisou ficar na luta contra uma superbactéria, que pegou no hospital, devido ao tempo de internação".
A esposa de Alexandre, Vanessa Zaccarelli, também testou positivo para o novo coronavírus cinco dias depois de o marido ser internado. Ela, porém, teve sintomas leves.
Superação da doença
Cláudia destaca que o amor sentido por Alexandre pela vida foi o que o motivou a vencer a doença e os problemas posteriores causados por ela. Mesmo que ninguém pudesse realizar visitas em razão dos riscos de contrair ou levar a doença até a unidade médica, o amor e a união por parte de amigos e parentes foi fundamental para que houvesse uma boa energia em torno do paciente.
"Ele é muito amado. Não é nem possível imaginar a quantidade de pessoas que nos mandavam mensagens", pontua, dizendo que o irmão é um "guerreiro".
Além de ser grata aos profissionais da saúde que acompanharam o homem, a família ressalta o desejo de que as pessoas se previnam contra a enfermidade. "Hoje, a única coisa que nos interessa é que todos fiquem em casa, tomem vacina pra proteger aqueles que amam e claro, gratidão por Deus conceder um milagre na vida dele, mantendo a minha família sem luto", finalizou.