Enterro de Clarinha , paciente que ficou 24 anos em coma, acontece nesta terça (14); veja detalhes

Os serviços funerais foram proporcionados por uma funerária voluntária

Escrito por Redação ,
Clarinha em maca de hospital sendo cuidada
Legenda: Clarinha tinha entre 40 e 50 anos, segundo estimativa da equipe médica que cuidou da paciente
Foto: Reprodução/TV Gazeta

O velório e o enterro de Clarinha, a paciente que ficou em coma por 24 anos em um hospital em Vitória, no Espírito Santo, acontecem nesta terça-feira (14), dois meses após a morte da mulher. Os serviços são feitos por uma funerária voluntária. A coroa de flores foi providenciada por funcionários do Hospital da Polícia Militar (HPM).

Segundo o G1, Clarinha ficou, desde o dia da sua morte, no Departamento Médico Legal (DML) da cidade, aguardando o resultado de exames de compatibilidade de possíveis familiares que buscaram a Polícia, mas nenhum deu positivo. O corpo foi liberado pela Justiça na última sexta (10) e retirado nessa segunda (13).

Preparação do corpo para o velório

Antes do velório, Clarinha foi submetida a um processo de tanatopraxia, que é uma técnica de conservação de corpos, e seu corpo foi tratado e higienizado.

Além disso, o coronel Jorge Potratz, médico aposentado responsável pelos cuidados com a mulher, pediu que uma técnica de enfermagem do Hospital da Polícia Militar, que também cuidou dela, e conhecia suas características físicas, conseguisse um vestido branco para a ocasião.

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O velório aconteceu em Santa Lúcia, em Vitória, com o caixão aberto, para que funcionários e ex-funcionários do hospital se despedissem da paciente. O corpo será enterrado no Cemitério Municipal de Maruípe.

Relembre o caso

Clarinha foi atropelada por um ônibus no dia 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Ela chegou a ser socorrida por uma ambulância, mas, como não tinha documentos e estava desacordada, ficou sem identificação. Não havia informações sobre nome, idade e residência da mulher, nem se tinha parentes no Espírito Santo ou em outro estado. 

A equipe médica que cuidou da paciente — ela, depois, foi transferida para o HPM, onde foi apelidada de Clarinha — tinha esperança de encontrar algum familiar dela, mas isso nunca aconteceu. Clarinha passou por diversas cirurgias, e seu cérebro foi gravemente afetado, impedindo que ela retornasse de um coma profundo.

Clarinha morreu no último 14 de março, após sofrer uma broncoaspiração. A estimativa dos médicos é de que, neste ano, ela tivesse entre 40 e 50 anos.

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