Empresário de famosos no RJ é preso suspeito de chefiar facção criminosa no Rio Grande do Sul

O empresário Sydney de Oliveira Bastos Júnior, CEO do escritório Rio 021 Records, responsável pela carreira de diversos artistas famosos, foi preso neste domingo (9), em Bocaina de Minas, na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais, suspeito de chefiar uma organização criminosa investigada por extorsão e agiotagem no Rio Grande do Sul.

De acordo com o G1, a esposa do suspeito, Daniela Simon, também foi presa por suspeita de integrar o esquema criminoso. O casal morava na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul informou ao portal que Sydney estava sendo monitorado desde o último dia 28 de junho, quando o órgão deflagrou a Operação Opulência 2.

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O Ministério Público informou ainda que, com o dinheiro do tráfico de drogas e da extorsão, no Rio Grande do Sul, Sydney abriu a Rio 021 Records.

Em seu perfil no Instagram, a empresa cita que agencia cantores como MC Melody, MC Bruninho, César Moreno e Luane Mattia.

Cantoras negam relação com Sidney

As cantoras Treyce e Melody negaram que mantêm relação comercial com Sidney. Elas ressaltaram que já firmaram contrato temporário com o Rio 021 Records para venda de shows.

Em nota, a Treyce Music Ltda apontou que é a única representante da cantora, responsável pelo Hit 'Lovezinho'. 

"O Sr. Sidney é somente um revendedor de shows, comercializando o produto para terceiros, sem nenhum vínculo de representação com a artista Treyce, possuindo contrato firmado com esta empresa para aquisição de 15 shows da artista, somente", diz a nota da empresa.

O empresário e pai de Melody, Belinho, afirmou ao uol que Sideney também não tem mais vínculo com a cantora. "Ele não é representante da Melody, muito menos foi empresário. [...] Apenas pegou algumas datas da Melody pra vender no sul. Ele contratou 12 shows pro sul, a gente vendeu pra ele, e ele fez a turnê lá", explicou.

Prisão

Sydney era considerado foragido da Justiça brasileira desde junho, quando não foi encontrado pelos investigadores do Ministério Público no apartamento onde morava, na Barra da Tijuca.

Com o empresário e sua esposa, que ainda devem passar por audiência de custódia, os agentes do MP apreenderam joias, computadores, passagens aéreas e uma grande quantia em dinheiro. O casal deve responder por organização criminosa, extorsão, cartel e agiotagem.