Cervejaria Backer deve indenizar vítimas de contaminação em R$ 500 mil; 10 pessoas morreram

Caso ocorreu em janeiro de 2020; consumidores foram contaminados por dietilenoglicol

Escrito por Redação ,
Polícia mineira conclui inquérito sobre contaminação de cervejas artesanais da Backer
Legenda: Em janeiro de 2020, a fábrica da Backer, na capital mineira, e empresas fornecedoras de matéria-prima foram alvos de perícias ou de cumprimentos de mandados de busca e apreensão
Foto: AFP

A Cervejaria Backer, marca gerida pela Cervejaria Três Lobos, entrou em acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para indenizar as vítimas de intoxicação por dietilenoglicol que consumiram a cerveja Belorizontina. Em 2020, dez pessoas morreram por conta da bebida, enquanto outras ficaram com sequelas, como surdez, paralisia e problemas renais. 

Conforme o Uol, a Cervejaria pagará R$ 500 mil para cada vítima, assim como R$ 150 mil para cada familiar de primeiro grau dos atingidos. Os parentes receberão por danos morais. A empresa irá pagar R$ 1,5 milhão ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor por danos morais e sociais coletivos.

O acordo ainda inclui o pagamento de:

  • Medicamentos das vítimas sobreviventes;
  • Acompanhantes;
  • Tratamento psicológico das vítimas; 
  • Coparticipações de planos de saúde; 
  • Acompanhamento de familiares de primeiro grau.

A indenização inclui o também o ressarcimento dos gastos de transporte, alimentação, e todos os outros gerados do início da internação até o fim do tratamento.

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Relembre o caso 

Em janeiro de 2020, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, por meio de laudo, a presença de uma substância tóxica em garrafas de cerveja artesanal da marca Belorizontina, da Backer, encontradas em casas de pacientes internados com sintomas de uma síndrome desconhecida.

Segundo a polícia, a substância é denominada dietilenoglicol, utilizado em serpentinas no processo de refrigeração de cervejas. A perícia foi realizada no Instituto de Criminalística da Polícia Civil.

Na época, a cervejaria foi interditada pelo ministério, e 139 mil litros de cerveja e 8,4 mil litros de chope já tinham sido apreendidos. A Polícia Civil informou que um terceiro lote da Belorizontina estava contaminado. Também foram encontrados vestígios das duas substâncias tóxicas nos equipamentos de resfriamento usados na produção da cerveja.

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