Caso Lana: sete dos oito irmãos da menina de 8 anos são levados ao Conselho Tutelar
A residência que Lana morava foi abandonada depois do crime
Após a morte de Lana Araújo, de 8 anos, o Conselho Tutelar de São Paulo está com a guarda de sete dos oito irmãos dela. Conforme o portal Band, do Uol, o mais velho, de 15 anos, optou por ficar na residência de parentes.
A criança morava em uma residência com a mãe e oito irmãos, mas a casa agora está abandonada. De acordo com a polícia, a residência era inadequada por não ter espaço para todos, além de ser suja e sem estrutura. No local, não havia comida para todos.
Os agentes responsáveis pela investigação aguardam os laudos da perícia, para ter mais detalhes sobre a data e a causa da morte.
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Vizinhos receosos
Em meio às investigações, os vizinhos ainda temem outras mortes, uma vez que a pessoa responsável pela morte ainda não foi encontrada. "Moro aqui há pouco tempo, mas percebo que há muitas crianças na rua. A gente precisa cuidar mais das nossas crianças", disse uma vizinha.
Dentre um dos suspeitos está um adolescente de 13 anos, que tirou Lana de casa e a levou para um lugar desconhecido.
Depois da morte de Lana, os vizinhos também denunciaram que a mãe, viúva, tinha o hábito de deixar os filhos sozinhos.
Entenda o caso
Lana Araújo, de 8 anos, estava desaparecida desde o dia 13 de setembro, depois da mãe sair para ir ao mercado no bairro Jardim Lucélia, em São Paulo. A menina ficou assistindo televisão acompanhada do irmão de 15 anos. No entanto, após sair para a rua, o vizinho de 13 anos a pegou no portão de casa e saiu com ela.
As imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o jovem volta sozinho para casa cerca de 40 minutos depois.
Em depoimento à polícia, dado na terça-feira (19), o vizinho declarou que três pessoas dentro de um carro prometeram lhe pagar R$ 100 caso levasse Lana para elas, mas que não recebeu o dinheiro. Segundo ele, o irmão da Lana era uma dessas pessoas.
O corpo da Lana foi encontrado no início da noite de quarta-feira (20) em um poço a cerca de 500 metros da casa dela, no bairro Jardim Lucélia, em São Paulo.