O Prêmio Nobel de Física foi atribuído, nesta terça-feira (4), ao francês Alain Aspect, ao americano John Clauser e ao austríaco Anton Zeilinger pelas descobertas no campo da mecânica quântica. Os resultados dos trabalhos deles "abriram caminho para novas tecnologias baseadas na informação quântica", conforme o comitê da premiação.
O trio foi premiado pelo trabalho pioneiro com "entrelaçamento quântico", um mecanismo em que duas partículas quânticas estão perfeitamente correlacionadas, independente da distância entre elas, anunciou o júri em um comunicado.
Cada um dos vencedores "realizou experimentos inovadores usando estados quânticos emaranhados, nos quais duas partículas se comportam como uma unidade inclusive quando estão separadas", destacou o Comitê Nobel.
Os três, que dividirão a quantia de 10 milhões de coroas suecas — cerca de R$ 4.729.179 —, receberão o prêmio das mãos do rei Carl XVI Gustaf em uma cerimônia em Estocolmo em 10 de dezembro, aniversário da morte em 1896 do cientista Alfred Nobel, que criou a premiação no próprio testamento.
No ano passado, a Academia Sueca premiou o japonês-americano Syukuro Manabe e o alemão Klaus Hasselmann pelos trabalhos nos modelos físicos da mudança climática, assim como o italiano Giorgio Parisi pelo trabalho sobre a interação de desordem e flutuações nos sistemas físicos.
Nobel de Medicina
Nessa segunda-feira (3), o sueco Svante Pääbo conquistou o Nobel de Medicina pelo sequenciamento completo do genoma dos neandertais e a fundação da paleogenética, que analisa o DNA de tempos remotos para decifrar os genes humanos. O prêmio inclui uma quantia de 10 milhões de coroas — cerca de R$ 4.729.179.
O pai dele, Sune Bergström, venceu o prêmio Nobel de Medicina em 1982 por descobertas sobre os hormônios. Svante usa o sobrenome da mãe, a química estoniana Karin Pääbo.
"Ao revelar as diferenças genéticas que distinguem todos os seres humanos vivos dos hominídeos extintos, suas descobertas fornecem a base para explorar o que nos torna exclusivamente humanos", afirmou o Comitê Nobel.
Devido ao sequenciamento de um osso encontrado na Sibéria em 2008, Pääbo conseguiu revelar a existência de outro hominídeo diferente e desconhecido até então, o hominídeo de Denisova, que vivia na atual Rússia e na Ásia.
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