Foto inédita mostra estrela de fora da Via Láctea em fase final de sua vida; veja imagem

Essa foi a primeira vez que os cientistas conseguiram capturar, em close-up, um astro morrendo

Legenda: Esta representação artística mostra as principais características da WOH G64, como o asulo de poeira em forma de ovo ao redor do astro e um anel ou toro de poeira
Foto: Ilustração/European Southern Observatory/AFP

Pela primeira vez, cientistas conseguiram captar uma foto, em close, de uma estrela fora da Via Láctea aparentemente na fase final da sua vida. A imagem, publicada nessa quinta-feira (21) pela revista Astronomy & Astrophysics, mostra a supergigante vermelha cercada por gás e poeira enquanto se encaminha para o fim. 

A WOH G64 está localizada a 160 mil anos-luz de distância da Terra, na galáxia vizinha conhecida como Grande Nuvem de Magalhães, e está prestes a morrer. Segundo os pesquisadores autores do estudo, o estágio de supergigante vermelha em que está o astro é o último antes de se extinguir em uma grande explosão, conhecida como supernova.

VEJA FOTO INÉDITA

Esta imagem mostra a estrela WOH G64, tirada pelo instrumento GRAVITY no Interferômetro do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (VLTI do ESO), a primeira foto em close-up de uma estrela fora da nossa galáxia, a Via Láctea.
Legenda: Antes de começar a expelir material, a previsão dos cientistas é que a WOH G64 tinha cerca de 25 a 40 vezes a massa do Sol
Foto: European Southern Observatory / AFP

A imagem, um pouco difusa, foi capturada usando o Interferômetro do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, baseado no Chile. Nela, é possível observar uma mancha ao redor do corpo celeste, que, conforme van Loon explicou à CNN, seria uma espécie de nuvem densa. Esse casulo seria formado por poeira e gás.  

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É a primeira vez que uma estrela madura moribunda em outra galáxia é "fotografada", apesar de outra estrela recém-nascida na Grande Nuvem de Magalhães já ter sido descoberta em pesquisa divulgada no ano passado, conforme informações da agência Reuters.  

"Pela primeira vez, conseguimos ver as estruturas que envolvem uma estrela em seus estertores de morte", disse o coautor do estudo, Jacco van Loon, diretor do Observatório Keele da Universidade Keele, no Reino Unido. "Mesmo em nossa galáxia, a Via Láctea, não temos essa imagem."

Antes de começar a expelir material, a previsão do cientista é que a WOH G64 tinha cerca de 25 a 40 vezes a massa do Sol. "Sua massa estimada significa que ela viveu por cerca de 10 a 20 milhões de anos e logo morrerá", disse van Loon. 


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