Justiça manda soltar homem acusado de matar a tiros pastor evangélico em Fortaleza
A juíza concluiu que não há indícios suficientes de autoria e participação de Francisco Jean de Sousa Oliveira no crime cometida contra o pastor José Eliderlanio Moreira Alves
A Justiça decidiu soltar o homem acusado de assassinar a tiros um pastor evangélico. O crime aconteceu no ano passado, em Fortaleza. Francisco Jean de Sousa Oliveira foi preso como suspeito do homicídio. A decisão proferida na 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza foi publicada no Diário da Justiça dessa quarta-feira (14).
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Francisco Jean estava preso desde o dia 5 de agosto de 2020. Conforme decisão, foi analisado o conjunto probatório produzido na fase pré-processual e em Juízo. O Judiciário concluiu que há ausência de indícios suficientes de autoria e participação de Jean no crime. Nos últimos anos, o Estado do Ceará tem registrado uma série de assassinatos contra pastores.
A juíza Valência Maria Alves de Sousa Aquino julgou improcedente a denúncia por falta de justa causa para a ação penal, e impronunciou o acusado. "Em vista disso, revogo a custódia cautelar por não mais subsistirem os requisitos necessários para a manutenção da prisão preventiva", disse a magistrada.
Ao réu foram aplicadas medidas cautelares, como a proibição de se ausentar de Fortaleza, sem autorização judicial, por ser sua permanência indispensável para a instrução.
O crime
O pastor José Eliderlanio Moreira Alves foi morto a tiros na Rua Alagos, bairro Pici. De acordo com as investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), o pastor tinha saído há dois anos da cadeia, onde passou 15 anos detido.
Na prisão, Eliderlanio ficou conhecido domo 'Pastor José'. Ao sair, ele passou a frequentar igrejas. A investigação apontou que o crime aconteceu devido a uma suspeita que a vítima vinha passando informações a um grupo rival de Francisco Jean.
O pastor tinha antecedentes criminais por roubo, porte ilegal de arma de fogo, um procedimento por calúnia e um de ameaça no contexto de violência doméstica e familiar. Já Jean tinha passagens pela Polícia por dano, roubo de veículo e corrupção de menores.