Terapia dos cheiros

Conheça a aromaterapia e seus benefícios.

Métodos não farmacológicos para tratamentos de saúde existem e ganham cada vez mais adeptos. A aromaterapia é um deles, uma técnica natural que utiliza os aromas e as partículas liberadas por óleos essenciais e vegetais para estimular o cérebro. Os efeitos vão desde o alívio de tensões e do estresse ao tratamento de resfriados e dores musculares.

Saúde e bem-estar

A base da aromaterapia são os óleos essenciais extraídos de plantas, de flores e de madeiras, com alta concentração molecular de suas propriedades restaurativas. Vista como uma terapia holística, ela é indicada para promover saúde e bem-estar. “Há tratamentos de saúde, aos quais a aromaterapia vem para integrar. E outros em que o paciente usará somente a aromaterapia”, explica a aromaterapeuta Renata Cavalcanti.

A especialista aponta que além dos benefícios para pro-blemas patológicos, a aromaterapia traz benefícios emocionais e psicológicos. Um exemplo clássico da aromaterapia é o óleo de lavanda, muito popular por seu efeito relaxante e antiestressante. Mas existem vários com a mesma capacidade de estimular a calma, como Camomila Romana, Sândalo Amyris, Lemongrass, Eucalipto Glóbulos, Eucalipto Citriodora, Bergamota, Cedro, entre outros.

Como usar

Para sentir os efeitos, os óleos podem ser inalados, utilizados em aromatizadores de ambientes ou aplicados na pele. Como são extremamente concentrados, para aplicá-los na pele precisam ser diluídos com óleo vegetal. A recomendação é consultar um especialista para saber a correta aplicação e a dosagem de cada óleo. “É importante individualizar o tratamento para cada paciente, pois há óleos essenciais e dosagens que, por critérios de segurança, poderão ser contraindicados. Nesse caso, temos outras opções de óleos essenciais mais seguros", ressalta Renata Cavalcanti.

Legenda: Renata Cavalcanti: É importante individualizar o tratamento para cada paciente.

De acordo com a especialista, a ressalva é quanto ao uso em bebês com menos de 3 meses. Nesta idade, não é indicado o uso dos óleos essenciais como terapia. “A aromaterapia aplicada de forma correta, respeitando as dosagens para alguns grupos especiais, como bebês, crianças, gestantes, mulheres em pós-parto e idosos, entre outros casos específicos, torna-se segura e eficaz”, afirma a aromaterapeuta.

Tendência

Há pouco mais de dois anos no mercado, a empresária Dayane Uchôa Guimarães, Diretora Executiva da FloraBamboo, observa que o mercado consumidor de aromaterapia tem crescido e está em expansão. “É um público geralmente formado por pessoas que usam a medicina alternativa em seus cuidados pessoais e um outro, que está descobrindo todo esse universo. Consideramos que isso é uma tendência de mercado”, avalia a empresária. Além da venda de produtos, a marca promove eventos de formação na área e serviços de aromaterapia.

Saiba mais:
FloraBamboo
@florabamboo

História da aromaterapia

Os benefícios terapêuticos das plantas já eram valorizados pelas culturas mais antigas. Textos históricos da medicina chinesa documentam a importância dos óleos aromáticos para a saúde e para a espiritualidade. No mundo ocidental, acredita-se que a aromaterapia foi trazida no tempo das Cruzadas. No entanto, foi durante os séculos XVI e XVII que ela se difundiu. René Maurice Gattefossé, um químico francês, se destacou no meio ao introduzir o termo “aromathérapie”. Outro francês, Jean Valnet, cirurgião do exército, incrementou as pesquisas utilizando óleos essenciais no tratamento de soldados feridos em batalha. Mais tarde, ele usou óleos essenciais com grande sucesso em pacientes de um hospital psiquiátrico. Em 1964, Valnet publicou seu livro Aromathérapie, considerado por muitos como a bíblia da aromaterapia.

Fonte: BioEssência