Profissionais dão dicas para projetar a sala de jantar

Saiba como criar o ambiente perfeito para receber os amigos após o período de isolamento social.

Legenda: Mesa de 10 lugares no projeto assinado pela designer de interiores Giseli Koraicho.
Foto: Foto: Eder Bruscagin/ Divulgação

É unanimidade entre os brasileiros: assim que as autoridades médicas indicarem o fim do período de isolamento social, não faltarão motivos para reunir os amigos e a família para matar a saudade. Entre abraços, beijos e muito tempo para colocar o papo em dia, não há dúvidas de que a sala de jantar será o cenário principal dessas reuniões. Afinal, é ao redor de uma mesa que muitos momentos ficam marcados em nossas memórias. 

A designer de interiores Giseli Koraicho, da Infinity Spaces, e a arquiteta Patrícia Penna, do escritório Patrícia Penna Arquitetura, dão dicas para repensar e renovar a sala de jantar. 

Espaço para mesa e cadeiras 

A mesa de jantar é a estrela da sala. Assim, o primeiro passo é tirar as medidas do cômodo para então definir o tamanho do móvel. Essa precaução é valiosa, pois além de dimensionar a área que a mesa ocupará, ajuda a prever a circulação ao redor dela. 

Em linhas gerais, a medida ideal entre a mesa, a parede e os outros móveis é de um metro. “Esse parâmetro se justifica, pois o conforto da sala de jantar também está na possibilidade de circular sem esbarrões e com comodidade. Nada de cadeira esbarrando na parede ou no aparador”, explica Giseli.

Outro fator que deve determinar o tamanho da mesa é o número de assentos disponíveis. O ideal é considerar, no mínimo, dois lugares a mais que o número de integrantes da família. “Mas, é claro, se os moradores costumam receber um número grande de convidados, prever mais cadeiras é imprescindível”, pontua a profissional. 

Além dessas observações, a definição da quantidade de assentos no entorno da mesa leva em conta a regra: cada ocupante da mesa deve ter um espaço entre 60 cm e 70 cm de largura. “Esse cálculo é determinante”, revela Giseli. 

O modelo certo

Entre os modelos preferidos há quatro formatos principais: retangular, quadrado, oval e redondo, sendo que cada um é mais indicado a um layout diferente. Uma mesa retangular, por exemplo, é mais indicada para um ambiente comprido e estreito. Ela é também a mais apropriada para contemplar um número maior de pessoas.  Uma mesa oval segue as mesmas características, porém proporciona flexibilidade na hora de acomodar um assento extra e ocupa menos espaço no cômodo. 

Legenda: A mesa redonda com acabamento em laca foi a opção escolhida para a rotina da família / Projeto Giseli Koraicho, da Infinity Spaces.
Foto: Foto: Eder Bruscagin/ Divulgação

Já o modelo redondo é ótimo para ambientes pequenos, com layout quadrado e comumente escolhido em função de sua maleabilidade, se necessário, para acomodar mais posições. “Todavia, uma mesa redonda muito grande dificulta o acesso aos alimentos e acaba afastando as pessoas”, reforça Giseli. Por fim, uma mesa quadrada é uma boa escolha para um ambiente maior, além de ser uma excelente opção para aproximar as pessoas. 

Quanto aos pés, os modelos com apoio central permitem um conforto geral aos usuários. A arquiteta Patrícia Penna destaca que os pés centralizados não devem avançar muito para as bordas. “Quando isso acontece, quem está sentado acaba batendo os pés com frequência no apoio central”, alerta. 

Materiais 

Embora não exista uma regra, entre os materiais mais utilizados estão a madeira, as pedras naturais ou sintéticas e o vidro. Além da estética e do gosto pessoal, a definição leva em conta se o uso da mesa será diário ou eventual. 

Tampos em vidro são naturalmente marcados com um simples toque das mãos, e isso pode incomodar o anfitrião. Já a pedra pode trazer o incômodo do toque frio, e a madeira, embora proporcione uma sensação mais agradável, pode sofrer avarias com mais facilidade. “Portanto, o material mais indicado deve ser pensado dentro do contexto de utilização e após a avaliação desses aspectos”, explica Patrícia. 

Combinações 

Engana-se quem pensa que é necessário comprar tudo junto. No caso de compra desses itens em lojas distintas, o que deve ser levado em conta para não errar é considerar a altura da mesa, bem como o espaço que haverá no ambiente. A dica de Patrícia é simples: “Ambientes menores pedem cadeiras mais ‘sequinhas’ e sem braço, enquanto espaços maiores permitem investir em modelos mais robustos, com espaldar mais alto e braços”. 

Para quem gosta de inovar, a saída pode ser usar diferentes modelos de cadeira na mesma composição, como reitera Giseli: “Para trazer um toque contemporâneo, trabalhar um mix de cadeiras é um excelente caminho. Para ficar mais descolado e divertido, também podemos fazer uso dos bancos. Além disso, o canto alemão, além de economizar espaço e acomodar maior número de pessoas, é acolhedor e moderno”.  

Iluminação certa 

Legenda: Da esquerda para a direita: exemplos de lustre, plafon e pendente para sala de jantar.
Foto: Foto: Divulgação Yamamura

Uma boa iluminação é capaz de garantir uma atmosfera mais convidativa ao ambiente. Lustres são peças imponentes e que conseguem iluminar o ambiente por completo. Para os pendentes, composições de diferentes modelos e tamanhos da mesma linha apresentam um ar mais despojado. 

Já os plafons são perfeitos para quem não quer arriscar, são produtos mais indicados para aqueles que preferem peças fixas por completo no teto. As lojas que mantêm vendas online podem ser o trunfo nesse período.


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