Mais verde
Jardins verticais se tornam espaços cada vez mais valorizados dentro dos projetos arquitetônicos.
Pouca gente sabe, mas os jardins verticais são uma das peças de arquitetura mais antigas do mundo. Mais do que a história, esse tipo de jardim traz consigo a beleza e a capacidade de valorizar os ambientes e torná-los mais agradáveis, ajudando a reduzir o stress dos seus frequentadores.
Conta a História que os primeiros jardins verticais foram construídos pelo Rei Nabucodonosor, por volta do ano 450 a.C. A montanha artificial revestida por jardins era um presente para a Rainha Amytis, sua esposa, e tornou-se mundialmente conhecida como Os Jardins Suspensos da Babilônia, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
No caso do rei, ele mandou construir terraços superpostos, que foram erguidos sobre pilares ocos em forma de cubos preenchidos com terra, onde eram colocadas as plantas. O mesmo princípio rege a construção dos modernos jardins verticais, item bastante valorizado pelas áreas de arquitetura e ambientação.
Entre as vantagens em se optar por esSe estilo de jardim estão a possibilidade de se organizar visualmente os espaços internos e externos, a integração do verde em lugares não propícios a um jardim no solo e a valorização estética dos ambientes.
O jardim vertical não ocupa um espaço considerável, auxilia na redução do stress e da fadiga mental e produz efeitos psicológicos positivos, como satisfação, bem-estar e tranquilidade.
Opções
Para se ter um jardim vertical em casa ou no escritório, é fundamental avaliar o local, levando em conta a iluminação e o clima, fatores determinantes para a escolha das plantas a serem cultivadas. É possível realizar o cultivo de praticamente qualquer espécie de planta em jardins verticais, mas as raízes precisam ter espaço para se desenvolver no suporte utilizado. Por isso, a peça deve suportar o peso da planta, somado à terra úmida.
Paisagistas e decoradores indicam que algumas das espécies que melhor se adaptam a ambientes de sol pleno são a aspargo-pluma (Asparagus densiflorus), a barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan), a brilhantina (Pilea microphylla), o colar-de-pérolas (Senecio rowleyanus), a flor-de-coral (Russelia equisetiformis), a hera-inglesa (Hedera helix) e a jiboia (Epipremnum pinnatum).
Para locais com meia-sombra ou no interior das residências, boas opções são o antúrio (Anthurium andraeanum), o asplênio (Asplenium nidus), a barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan), a bromélia (Guzmania sp), a chuva-de-ouro (Oncidium sp), o dedo-de-moça (Sedum morganianum), o dinheiro-em-penca (Callisia repens), a flor-de-maio (Schlumbergera truncata), o rabo-de-gato (Acalypha reptans), a renda-portuguesa (Davalia fejeensis) e a samambaia (Nephrolepis exaltata).
Como fazer
Para fazer seu jardim vertical, você pode utilizar diversos tipos de materiais, como os blocos pré-moldados, encontrados nas versões em concreto fundido ou socado. Essa estrutura pode ser instalada em muros impermeabilizados ou permanecer sem apoio, já que possui nichos que auxiliam na sua sustentação. Também podem ser usados blocos de cerâmica, que necessitam de impermeabilização e pintura.
Há também a possibilidade de usar estruturas de plástico, que são encontradas nas opções individual ou em kits, com a vantagem de serem instaladas nos mais variados tipos de superfícies. Uma dica é visitar lojas especializadas em jardinagem para conhecer os materiais que mais combinam com sua casa ou em seu escritório.
Escolha as plantas que mais lhe agradam, de acordo com as condições do ambiente, e inicie o cultivo do seu canto verde.
Saiba mais
No Brasil, a presença dos jardins verticais iniciou-se em 1983, com o paisagista Burle Marx. Porém, a grande explosão dessa técnica como item de paisagismo ocorreu há cerca de 10 anos, com o fortalecimento da consciência verde e das incríveis ideias e inúmeras aplicações desse tipo de jardim.