Um jogo como sequência de outro

Confira a coluna desta terça-feira (14) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Ceará foi ineficaz ofensivamente e ainda teve falhas defensivas
Foto: Lucas Uebel/ Grêmio

Torcida do Ceará não esperava em Porto Alegre, um repeteco do jogo contra o America em Minas.

Não vou me deter em irrelevantes detalhes para justificar algumas narrativas irreais sobre a atuação do Ceará, domingo passado, sob o comando de Tiago Nunes.

Sim, porque daqui a pouco vão dizer que o problema é a inclemência do sol de 11 horas da manhã.

Não consigo entender de futebol com explicações através dos números, mas não posso deixar de considerar um absurdo que, um time finalize uma bola no alvo durante 90 minutos.

Tudo bem, tudo bem, não precisa alteração, sei que o Tiago Nunes fez seu primeiro jogo à frente da direção técnica do Ceará e que precisa de tempo, etc, etc e etc.

Só que depois de uma semana cheia de expectativas em cima de um novo espírito de jogo e novas funções táticas a serem desempenhadas, o que se viu foi jogadores alvinegros esquecendo, certamente, tudo o que foi combinado com o novo treinador.

Por falar nisso, não muito diferente de dias atrás, o Ceará procurou se armar num 4-4-2, com quatro zagueiros dois volantes associados a dois armadores (que não armaram nada) e dois atacantes (que não atacaram nada).

O adversário, que preferiu abdicar de jogar no segundo tempo para manter a vantagem da fase inicial, fez menos força do que esperava para derrotar um time que precisava ter sido menos ruim, do que vinha sendo.

Não acho que 14 dias são suficientes para organizar uma equipe, nem tampouco advoguei que a direção alvinegra apresentasse um novo treinador na segunda feira.

Mas, pera aí, a estréia de Tiago Nunes ao invés de trazer um sopro trouxe um susto e tanto.

De um oitavo lugar ostentado, o Ceará despencou para a décima segunda posição com um bocado de times mordendo os seus calcanhares.

Entramos no bêerreobró.

A coisa vai esquentar.