Como diria Nelson Rodrigues, os ânimos da torcida do Ceará estão "mais eriçados do que as cerdas bravas de um javali".
Convém salientar que o javali não é um animal originário da nossa fauna.
Mas, o importante é dizer o seguinte: o Castelão, nesta segunda-feira, 18, à noite, deve se constituir num templo de celebração.
Não pode ser lugar de uma euforia substituída por qualquer tipo de hostilidade entre torcedores.
Lembrem-se o mal que conflitos nas arquibancadas causaram ao Ceará no ano passado.
Essas feridas custam a cicatrizar.
Somente o triunfo interessa ao alvinegro contra o América. Só que uma vitória será obra construída com cuidado e paciência.
É aí onde está. O homem tem dificuldade em lidar com os seus sentimentos mais primitivos.
E o sentimento de renúncia desaparece, quando durante o jogo as coisas não ocorrem dentro do esperado.
Isso provoca certas reações, pouco cidadãs, que ameaçam a poesia das arquibancadas.
Façamos do Castelão um estádio de paz. Por amor ao futebol.