'Peia' sequela

Coluna de Wilton Bezerra deste sábado (3)

Legenda: Brasil perdeu para Camarões nesta sexta-feira (2) pela Copa do Mundo
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Levar uma surra é entrar na "peia". Apanhar mais do que o cão para ir à missa.

Praxedes Ferreira, mitológico treinador juazeirense, dizia com propriedade: "Em futebol, não tem quem aguente duas coisas: peia e tabela”.

A derrota é ruim de todo jeito. Ainda mais quando ocorre em uma Copa do Mundo.

O resultado negativo tem o poder de azedar os ambientes mais tranquilos.

Houve quase uma unanimidade quanto ao fato do selecionado brasileiro usar time reserva contra Camarões.

Não tive a oportunidade de ver e ouvir protestos mais veementes sobre essa decisão do treinador Tite. 

Mesmo porque é atitude corriqueira no futebol poupar times de desgastes. Ainda mais que todos julgavam os reservas do Brasil superiores ao time de Camarões.

Não foram. E a vitória dos camaroneses, por 1 X 0, não teve nada de "extravagante".

Tite mostrou, nos momentos finais do jogo, uma expressão de aflito. 

De um time que não controlou o jogo e deu sinais de desconcentração, salvaram-se Ederson e Martinelli.

Para usar uma palavra que define irritação: "pistola". Meio mundo está "pistola" com o resultado.

"Peia" é "peia". Aliás, frase que encerra uma grande "descoberta".

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