Aproveitando um gancho do jornalista Ricardo Alcântara, diríamos que o Campeonato Brasileiro é um trem, cujos quatro últimos vagões ninguém deseja ocupar.
É que neles, a companhia de fantasmas de uma segunda divisão tira o sossego de passageiros agoniados.
O Ceará saiu dos vagões de primeira classe, num recuo preocupante, e percebe, agora, que não agiu bem.
O presidente do Ceará, Robinson de Castro, incomodado com a queda de produção do alvinegro, imaginou que a saída para estancar a sangria seria a mudança da direção técnica.
Dito e feito, dizendo mais: “Não quero treinador que seja apenas um motivador, na base do “vamos lá” como discurso. Eu quero é mais”.
Os quereres do presidente “não estão bem nas pesquisas”.
Não só os resultados foram ruins, até agora (pouco tempo do Tiago Nunes conta), mas parece haver relutância do time em deixar um imaginário “divã”, no sentido de melhorar o seu estado anímico.
Ao contrário do que pensou o presidente do Ceará, a equipe se comporta como se estivesse precisando dos trabalhos de um mestre curandeiro, como o Gentil Cardoso dos velhos tempos. E do trabalho motivacional, também, claro.
A evolução da equipe, no empate contra o Santos, somente o novo treinador conseguiu enxergar, com o uso de uma lupa.
Ou estaríamos embarcando numa paranóia amparada nos últimos resultados?
O time não decola e nem sequer faz o barulho do “playlist” que antecede a decolagem.
Na sua cola, está “assim de gavião” e o time, com nova orientação, continua absorto em suas ações dentro de campo.