O futebol é, hoje, uma atividade capitalista.
O clube, antes uma entidade associativa, virou uma rica indústria de entretenimento.
Os investimentos se tornaram estratosféricos. O negócio passou a se nutrir, mais do que antes, de resultados vitoriosos.
Para funcionar, tem que dar certo dentro das quatro linhas. Não há espaços para o fracasso.
O Fortaleza fez crescer sua importância no cenário nacional e se tornou uma companhia de caros componentes.
O fastio de futebol que a equipe dirigida por Vojvoda demonstra não se coaduna com os altos custos para manter o negócio funcionando bem.
Quando o resultado é incompatível com o tamanho dos gastos no time, ocorrem preocupações que podem se transformar em desespero.
O Fortaleza não está em zona de desespero, mas precisa tomar cuidado com furos considerados, ainda, pequenos.
"Os pequenos furos afundam os grandes navios"
Algumas razões para a queda de produção da equipe podem ser claras. Outras, não.
Por isso, o diagnóstico necessita mais do que o papo simplista de "falta de raça" ou "falta de sangue".
Marcelo Paiva, CEO do leão, figura de posições sempre equilibradas, preferiu abraçar uma teoria da conspiração na base do "tudo e todos estão contra o Fortaleza".
Declaração que não bateu bem com com o seu estilo tranquilo.
O tricolor do Picí já atravessou períodos parecidos com o atual e deles emergiu.
É só lançar mão da competência, responsável pelo tamanho que o clube tem hoje.