Havia uma atmosfera de desforra, por parte do Ceará, pela derrota sofrida na decisão da Copa do Nordeste. Ao mesmo tempo, posição de equilibrada autoridade do Bahia.
Isso produziu um duelo de gigantes, no primeiro tempo, quando as coisas acabaram se resolvendo a favor do Bahia, na virada de placar.
Nenhum dos dois economizou em termos de agressividade e ignoraram os perigos de espaços deixados para as transições.
Saulo, bravo atacante, foi derrubado por Luiz Otávio na área e o juiz nada marcou. Vinicius fez uma grande defesa, em finalização de Mateus Bahia. Mendoza fez uma bela jogada, em cima da zaga baiana, e Mateus evitou o gol do Ceará.
Foi, assim, que os alvinegros mostraram a que vieram.
Saulo exercitou sua característica atlética de velocidade, ganhou de Luiz Otávio, colocou o Ceará em vantagem e continuou atacando.
Mas, aí, veio um soco no estômago alvinegro, na penalidade cometida por Gabriel Dias em cima de Luiz Otávio, que Gilberto cobrou, com categoria.
Reconheça-se: depois do empate, o Bahia, montado no bom futebol de Thaciano (o destaque do Jogo), Daniel, Matheus Bahia (outra bela atuação) e Rossi, desequilibrou a parada e fechou o primeiro tempo, com outro gol de Gilberto. numa primorosa jogada de Thaciano e Mateus Bahia.
Se o primeiro tempo agradou, pela disposição das duas equipes, a segunda etapa foi de um vazio absurdo.
O Bahia se fechou totalmente na defesa, cedeu a bola para o agônico Ceará tentar sem sucesso, pelo menos, o empate.
Se o tricolor baiano pôs mais oxigênio, com as alterações, as modificações de Guto Ferreira não impediram a impotência que se instalou no alvinegro.
A INTENSIDADE EM GOIANIA FOI DO ATLÉTICO
O que o Vojvoda quis no Fortaleza encontrou no adversário, o Dragão, dirigido pelo jovem treinador Barroca.
Mas, vamos sem exagero, reconhecendo que no 0 X 0, entre Atlético X Fortaleza, teve muita fumaça para pouco fogo.
Duas finalizações no saldo, uma para o tricolor, com Tinga, no primeiro tempo, e outra para o Atlético, com Janderson, na fase final
Nas duas finalizações, Fernando Miguel e Felipe Alves foram muito bem.
Só que, defensivamente, principalmente no primeiro tempo, os atacantes do Dragão Natanael ( joga sorrindo), João Paulo e Janderson, apoiados por Marlon Freitas e Maranhão, fizeram a defesa do Fortaleza trabalhar mais.
Mesmo com o apoio incessante de Tinta, que deixa de ser o terceiro zagueiro, quando o time tem a bola, o tricolor não sobrepujou a marcação adversária.
Vargas, Felipe e Éderson tiveram espaços negados pela volúpia dos atleticanos, cujas boas referências de jogo se confirmaram.
Começou com a dupla Wellington Paulista e Romarinho. Depois, David e Robson, em trocas inócuas.
Enfim, o futebol intenso e de ocupação de espaços não gerou emoções e o 0 X 0 foi justificado.
É preciso ir devagar nessa história de times que encantam, quando é muito cedo, ainda.