O futebol que o Flamengo jogou para destruir o Corinthians, no primeiro tempo do domingo passado, teve abordagens do basquete.
Rapidíssimas trocas de passes para abrir espaços para o arremesso decisivo ou penetração debaixo da cesta.
Além disso, controle do jogo pela posse de bola permanente, anulando quase por completo a reação do adversário.
O time mosqueteiro (assim como quem assistiu ao jogo) ficou em silêncio como que acompanhando um recital.
Se o Flamengo não tivesse aliviado o pé na segunda etapa, o Corinthians não teria saído vivo do seu próprio estádio.
3 a 0 foi pouco castigo para o time paulista.
Mais do que qualquer outro esporte, nada é mais parecido com a vida do que o futebol, pelo fato do heroico ficar próximo do patético.
Enquanto o rubro-negro o esmerilhava, o Corinthians, acuado, não conseguia sair do seu campo defensivo.
Nada demais, não se tratasse de duas equipes de igual categoria, história e tradição.
Não há dúvidas de que o clima pesado no Flamengo desapareceu e o time joga, também, para o treinador “boleirão”.