O declínio do Leão

Fortaleza não vence há cinco jogos, sendo quatro pela Série A

Legenda: O técnico Vojvoda vive pior fase desde que assumiu o Fortaleza
Foto: Kid Junior

Um time que não rejeitava (e não rejeita) a bola e não necessitava de sofrer para vencer os seus adversários, impondo intensidade ao jogo.

Para evitar de serem surrados, os que enfrentaram o Fortaleza tiveram que respeitar o surpreendente Leão do Picí, comandado pelo argentino Vojvoda.

Ao contrário de outras equipes que ganham sem agradar, o Fortaleza faz, até aqui, uma campanha em que venceu e agradou, na maioria dos seus jogos.

Nesses casos, é comum se perguntar sobre o prazo de validade de um futebol tão vistoso e eficiente, principalmente quando se trata de uma equipe do Nordeste.

Imaginamos duas situações para uma baixa na qualidade da produção: desgaste físico e emocional ou autosuficiência excessiva pelo sucesso obtido, sendo essa última hipótese descartada dado o empenho mostrado pelos jogadores.

Como nada é para sempre, reconheçamos que, mesmo na sequência de jogos empatados e incluindo-se a derrota para o Bahia, o time já apresentou escoriações.

A circulação de bola diminuiu de ritmo, na medida em que as definições ficaram mais demoradas.

A condução das jogadas como se elas não precisassem ser definidas, acompanhadas de passes errados.

Desaceleração, ausência de jogo posicional mais frequentes entre suas linhas e leve vulnerabilidade defensiva, em jogos onde Boeck fez providenciais intervenções.

Não arriscaríamos dizer que o declínio do futebol apresentado pelo Fortaleza é uma coisa irreversível.

Em uma longa campanha, são perfeitamente normais as quedas de produção.

Aliás, sugerimos uma panacéia para conter quedas de rendimento, com efeito rápido e aplicada na veia: uma vitória contra o líder Atlético Mineiro, no fim de semana.

Reconheçamos que, mesmo na sequência de jogos empatados e incluindo-se a derrota para o Bahia, o time já apresentou escoriações.