O Ceará não perdeu a alma

Confira a coluna desta quarta-feira (19) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: O Ceará empatou sem gols com o Cuiabá na última rodada da Série A
Foto: Thiago Gadelha / SVM

Um time de futebol pode jogar sem camisas e sem chuteiras. Não pode é jogar sem alma (olha o Nelson, aí).

O Ceará esbarra em suas limitações, mas não perdeu a alma.

Acontece que a ameaça do rebaixamento anda tirando a condição emocional dos seus jogadores.

Às vezes, um time joga com o diabo ao seu lado e não nota.

A atitude de Vina, que tirou a possibilidade de três pontos contra o Goiás, e a bola errada de Richardson, que originou o gol do Cuiabá, não vieram de nenhum lugar abençoado. Concordam?

Os jogadores se empenham tanto em fazer a coisa certa que erram.

Acontece que pressa, muitas vezes, é acompanhada de um descuido.

Não sei o que outro treinador faria mais do que Lucho Gonzales está fazendo, com um clima tão adverso atravessado.

Vejo que estão até arranjando defeitos que o Ceará não tem.

Muitas vozes trazem "solucionáticas" que não resolvem as "problemáticas", como diz Dario, o "peito de aço".

A única receita sugerida é: identificado o problema, busca-se a solução, com a serenidade de um Dalai Lama.

É isso.

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