Clássico é clássico

Confira a coluna de Wilton Bezerra desta terça-feira (19)

Legenda: Ceará e Fortaleza empataram em 3 a 3 no primeiro Clássico-Rei do ano, no Campeonato Cearense
Foto: LC Moreira/SVM

Assim como o futebol, o clássico Ceará e Fortaleza não é apenas um jogo.

Se traz alguns componentes claros, oferece, também, aspectos ocultos, misteriosos.

Somente os de pouca memória não podem avaliar o quanto é bela a história desse clássico.

Esse jogo pode ser decisivo para o destino de treinadores e jogadores.

Quem fraqueja no clássico perde em prestigio e confiança junto ao torcedor.

Não é novidade que a crônica, em geral, lhe destine mais espaços do que a outros assuntos da sociedade, nos dias que o antecedem.

Há quem ache exagero dispensar tanto tempo e atenção a um "simples jogo".

Não é bem assim, mesmo. O futebol é um acontecimento de grande complexidade simbólica.

O encontro desta quarta-feira vai valer pela Copa do Nordeste, onde o Ceará está em situação muito ruim no seu grupo.

Mas, e daí? Nenhuma razão é forte o suficiente para interferir no interesse pelo jogo. 

Mesmo que, até aqui, tricolores e alvinegros não tenham oferecido grandes atuações nas competições de que participam.

"Clássico é clássico", vociferam os torcedores, como se oferecessem uma grande descoberta.