A posição (7ª colocação) do Ceará em campanha encharcada por oito empates é considerada boa pelo torcedor alvinegro.
Entanto, há cobrança por um futebol menos pragmático e mais vistoso, que guarde uma distancia bem grande da atuação contra o Atlético Goianiense.
Não se trata de jogar bonito, sem resultados. Longe disso.
O time alvinegro não é pobre em força mental, consegue fechar bem os espaços entre os seus setores de defesa e meio- campo.
Quem enfrenta o Ceará não encontra facilidades para jogar.
No momento em que tem a bola, surgem as carências geradas pela imprecisão nas manobras em busca do gol.
O meio-campo, onde pontifica Fernando Sobral, é bom de briga, mas não oferece condições técnicas e maior poder de criatividade.
Daí para frente, Guto Ferreira se depara com Vina e Mendoza, que não conseguem encerrar a fase de partidas ruins.
Junte-se a isso a porção “vagalume”(acende e apaga demais) de Lima, jogador importante para as aventuras individuais desequilibrantes, para usar a linguagem de Tite.
Rick, como solução individual, nem sempre resolve e quem paga o pato é o centroavante Cléber necessitado de melhores assistências.
O apoio pelos lados do campo tem sofrido com o declínio físico de Bruno Pacheco (sobrecarregado, sempre) e pela pouca força de Buiu.
Guto Ferreira precisa fazer um balanço que permita alternâncias na forma de jogo, afinando melhor o estilo mais mecânico que o time tem.
Para isso, deve contar com a novidade Erick, os ausentes Gabriel Dias e Jael, além de uma maior utilização de Fabinho e Oliveira.
Ninguém conhece o elenco do Ceará mais que o “Gordiola”, capaz de fazer muito com pouco.