A paz política dos clubes

Confira a coluna desta segunda-feira (29) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Os presidentes Marcelo Paz, do Fortaleza, e Robinson de Castro, do Ceará, realizam algumas ações em conjunto fora de campo
Foto: Israel Simonton / CSC

Em suas trajetórias políticas, Ceará e Fortaleza enfrentaram tempos complicados.

Nas disputas pelo poder, predominava a visão paroquial que implicava na estagnação em termos de pretensões nacionais.

Uma mistura de amadorismo e mecenato garantia alguns bons resultados localizados.

Nenhum sinal de modernidade de gestão.

Fundadas preocupações com o futuro.

Certos desfechos denunciavam a falta de consciência de grandeza dos dois gigantes.

Não havia a pressa que os avanços exigem.

Com patrimônios físicos precários, Fortaleza e Ceará eram, grosso modo, onze camisas e onze pares de chuteiras.

Hoje, com uma paz política quase conventual aliada a uma estrutura profissional inexistente em passado recentíssimo, alvinegros e tricolores podem colocar nas costas, com exclusividade, o mapa do futebol nordestino.

Embora não seja o desejável, é o que pode ocorrer se Sport e Bahia descerem para a série B.

Em curto espaço de tempo o futebol cearense "deu o passe antes de receber a bola".

Já era hora.