A defesa do voto impresso no Brasil é uma aberração do ponto de vista econômico e tecnológico. Esse País já mostrou a eficiência da urna eletrônica para o mundo inteiro. Somos referência na velocidade com que o voto é computado e na segurança do equipamento. Não há o que questionar.
Quando a segurança do voto no Brasil é colocada em dúvida, sem qualquer tipo de comprovação de fraude, é querer jogar cortina de fumaça no jogo eleitoral. Essa é a única interpretação possível.
Em plena crise econômica, não há margem financeira para o governo gastar ainda mais recursos públicos com um modelo defendido por meia dúzia de políticos. Um método caro e ultrapassado.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê um gasto de R$ 2,5 bilhões para a substituição das urnas que usamos atualmente para os de modelo com impressora.
Além do custo material, o TSE avalia que a mudança pode provocar ainda mais transtornos nas eleições, como o aumento de filas e de mais equipamentos com defeito.
Foi assim quando a forma foi experimentada no ano de 2002, em 150 municípios brasileiros. Relatório do TSE indicou que a metodologia não resultou em maior segurança ou transparência para o processo eleitoral.
Debate nacional
A classe política tem a obrigação de encontrar métodos solucionadores de problemas da sociedade. Já são muitos sem solução. Não é papel dos representantes da população criar polêmicas sem fundamento com fins exclusivamente de cunho eleitoral.
Não há espaço para esse tipo de debate. O Congresso Nacional tem a responsabilidade de colocar na agenda do País os assuntos pertinentes, de interesse público.
Perder tempo com esse tipo de discussão é desrespeitar os brasileiros que já sofrem tanto todos os dias com as mortes por conta da pandemia, com a falta de emprego, de acesso à saúde pública, e a ausência de oportunidades.