A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores definiu, nessa quinta-feira (29), critérios para indicação de candidaturas do PT na Federação Brasil da Esperança para as eleições municipais de 2024.
O principal ponto que chama atenção pelo contexto da corrida eleitoral em Fortaleza é a definição de datas de filiados para a participação no processo interno como delegado(a) ou eleitor(a) em uma provável votação de prévias na sigla.
A avaliação interna no PT é que a possibilidade da decisão final sair das prévias é grande, tendo em vista pelo menos três pré-candidaturas já anunciadas neste ano de 2023: Larissa Gaspar, Luizianne Lins e Guilherme Sampaio.
Veja também
O partido definiu que só poderão ser indicados como delegados os filiados à legenda até dia 8 de julho de 2023. O mesmo vale para os votantes nas prévias – que pode ocorrer apenas em 2024.
São cerca de 200 delegados que farão parte das decisões da sigla para 2024. Quanto aos filiados para as prévias, todos votam a partir das regras já anunciadas.
A restrição indicada pela legenda liga um sinal de alerta nas movimentações feitas pelo ministro Camilo Santana (PT) que busca filiar o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, ao partido para lançá-lo candidato à prefeitura de Fortaleza.
Diante desse cenário, Evandro, caso se filie ao PT, vai precisar dialogar com petistas já que já integram o partido, sem contar com a força de novos filiados, que assim como ele, poderiam fazer volume eleitoral para a definição do partido.
Nem o próprio Evandro poderia votar nele mesmo em uma prévia caso se lançasse ao desafio de disputar indicação no PT como candidato à sucessão do prefeito José Sarto (PDT).
A coluna apurou que nenhuma das correntes petistas possui força suficiente para, isoladamente, bater o martelo e garantir uma candidatura ao Paço Municipal. Vai ser preciso muito diálogo e capacidade de articulação para formar maioria.
À coluna alguns integrantes do partido elogiaram a decisão da Direção Nacional pela expectativa da chegada de "neo petistas" e "neo Lulistas" para o novo momento da sigla com Lula na presidência e Elmano no Governo do Estado.
Eis as correntes que devem protagonizar o assunto da sucessão na Capital: