Representando importante fatia do eleitorado conservador cearense, os partidos PTB e Republicanos têm adiado a definição de apoio às candidaturas ao Governo do Ceará. As convenções ocorrem até a próxima sexta-feira (5).
Acordado com o União Brasil, de Capitão Wagner, o PTB reavalia a aliança que havia sido anunciada semanas atrás. O caminho, no entanto, é mais restrito: ou segue com o grupo liderado pelo deputado federal ou lança candidatura própria.
A condição dada para seguirem juntos é que a candidatura ao Senado no grupo do pré-candidato ao Governo seja indicada pelo partido, na figura do Pastor Paixão.
As negociações ainda acontecem nos bastidores. Uma reunião definitiva nesta terça-feira (2) por petebistas deve definir o rumo da legenda no Ceará.
Além do nome do Senado, dirigentes avaliam lançar uma candidatura ao Palácio da Abolição. Diante do lançamento da candidatura de Roberto Jefferson à presidência da República, nesta segunda-feira (1°), a instância estadual quer um palanque fiel nacionalmente.
À coluna, o presidente estadual do PTB, Euler Barbosa, afirmou que o local da convenção da agremiação foi alterado por conta da nova conjuntura eleitoral.
Antes seria feita conjuntamente com o União Brasil, na homologação do nome de Capitão Wagner à sucessão estadual. Agora, a legenda fará o evento de formalização na Câmara Municipal de Fortaleza.
Conversas
As possibilidades de apoio do Republicanos, ao contrário do PTB, são maiores. O presidente do partido no Estado, vereador Ronaldo Martins, tem reforçado nos últimos dias que conversa com todos os partidos.
As candidaturas mais cotadas são as de Roberto Cláudio (PDT), Elmano Freitas (PT) e Capitão Wagner (União). O anúncio de apoio deveria ter ocorrido na convenção, no último domingo (31), mas os dirigentes adiaram a definição.
O deputado estadual Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) declarou ter mais dificuldades de apoiar a candidatura do PT, por divergências ideológicas com o deputado estadual Elmano Freitas na rotina da Assembleia Legislativa.
Por outro lado, há desgastes entre líderes do Republicanos e Capitão Wagner. A esposa do parlamentar, Dayany do Capitão (União), que é pré-candidata à deputada federal, era filiada ao Republicanos, mas deixou o partido em meio a estranhamentos internos.
O desembarque ocorreu em março deste ano. Na época, Ronaldo Martins disse que a pré-candidata comunicou a saída do partido por e-mail. A principal divergência teria sido na montagem da chapa.
Esse episódio, inclusive, demarcou a rodada de conversas entre Martins e outras lideranças políticas. "Quem ajudar o Republicanos nesse sentido terá o nosso apoio", disse o vereador sobre os acordos para outubro de 2022.
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