Depois da desistência do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) de se candidatar à presidência da República e da ameaça do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de declinar da disputa de outubro, o cenário tende a ficar cada vez mais enxuto daqui pra frente.
Isso porque a movimentação, agora, é que as pré-candidaturas do centro se unam para fazer frente aos concorrentes que estão mais consolidados na corrida eleitoral: como Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sergio Moro (União Brasil), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB) são os nomes que representam o chamado "centro" para a eleição presidencial. As conversas entre os três partidos devem evoluir nos próximos dias para tentar um acordo.
Quem segue na disputa presencial
- Lula (PT)
- Jair Bolsonaro (PL)
- Ciro Gomes (PDT)
- João Doria (PSDB)
- André Janones (Avante)
- Vera Lúcia (PSTU)
- Simone Tebet (MDB)
- Felipe d’Avila (NOVO)
- Leonardo Péricles (UP)
Alianças
Entre Moro, Doria e Tebet, o ex-juiz era quem melhor aparecia nas pesquisas de intenção de voto. Com o recuo do ex-magistrado, a expectativa é que a cabeça de chapa desse grupo seja negociada entre o tucano e a emedebista. Mas tudo pode acontecer até lá.
"O Brasil precisa de uma alternativa que livre o País dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única", declarou Moro em nota oficial nas redes sociais.
Em tese, Moro abre mão provisoriamente da pré-candidatura para facilitar as negociações no campo do centro e da direita moderada. Ele considera, como plano b, uma candidatura a deputado federal por São Paulo.
O ex-ministro, no entanto, chega em um partido de boa musculatura partidária e que promete voos altos para o pleito de outubro. No discurso, Moro deixa a possibilidade em aberto.
"Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", diz.
Desistência
Em meio ao dia movimentado entre as candidaturas do centro, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aproveitou as atenções para reafirmar a pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
"Muitos vão ceder, mas não serei eu", publicou nas redes sociais. O cearense, inclusive, não vive um mar de rosas com o PDT.
Nos bastidores, filiados chegaram a pressionar uma reação do ex-governador nas pesquisas de intenção de voto para dar fôlego à legenda na disputa eleitoral visando principalmente o legislativo, além de atrair aliança partidária.
Aliados mais próximos de Ciro e a instância nacional, porém, têm negado publicamente qualquer tipo de pressão.