Ciro diz que apoio dele ou de Lula não elegerá 'poste' no Ceará: 'isso nunca aconteceu'

O ex-ministro afirmou que a escolha é feita pelos cearenses e em diálogo com aliados

Legenda: A decisão da escolha do PDT deve ocorrer na primeira quinzena de julho
Foto: Thiago Gadelha

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) declarou nesta quarta-feira (15), em evento do partido em Fortaleza, que a eleição estadual no Ceará não elegerá um "poste" por conta do apoio dele ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Porque arrogância, prepotência, achar que a muleta do apoio político minha ou do Lula, ou de quem quer que seja, vai eleger um poste no Ceará, isso nunca aconteceu no nosso Estado", disse o pedetista. 

E emendou. "E eu espero que nunca aconteça porque aqui no Ceará o nosso povo tem direito de escolher o melhor pra si".

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A declaração do pedetista ocorre em meio a pesquisas internas de intenção de voto encomendadas por partidos no Estado. Em alguns casos, foram formulados questionários ao eleitor ligando possíveis pré-candidatos a lideranças do PDT no Ceará e também ao ex-presidente Lula.

Mais recentemente, o ex-senador Eunício Oliveira publicou pesquisa encomendada por ele. O emedebista aparecia bem posicionado nos levantamentos com a indicação de apoio do ex-presidente da República.

O próprio Partido dos Trabalhadores também realizou pesquisas testando nomes de Luizianne Lins, José Airton e José Guimarães com apoio de Lula.

Judicialização

A pesquisa encomendada pelo MDB, inclusive, foi alvo de ação judicial. Os partidos Avante e União Brasil questionaram uma série de perguntas do questionário. 

Uma delas se tratava da intenção de voto em chapas de presidente, governador, vice e senador. O item acabou sendo suprimido de divulgação.

"Poste"

No primeiro evento regional do União Brasil, em abril deste ano, o pré-candidato de oposição ao Governo do Estado, Capitão Wagner (UB), já havia provocado a base governista sobre a indicação pedetista à sucessão estadual.

"Tem um grupo que está há 36 anos no poder. Há uma grande briga interna pra decidir quem vai ser o poste. (...) Não estão preocupados em colocar o mais preparado não, é quem vai obedecer", provocou o deputado.

Na época, o ex-governador Camilo Santana (PT) chegou a rebater o adversário nas redes sociais.

"Ótimo para o Ceará que quem esse senhor chama de “poste” não faz motim, nem apoia Bolsonaro, suas especialidades. Fascistas e arrogantes terão a resposta do povo nas urnas", declarou.



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