A França era favorita diante de Marrocos e exerceu seu favoritismo, vencendo por 2 a 0 nesta quarta-feira (14), chegando a sua 2ª Final de Copa do Mundo seguida. Mas se os franceses fizeram história, os marroquinos merecem aplausos pelo jogo que fizeram e a campanha na Copa do Mundo.
A vitória francesa seria protocolar pela diferença de qualidade entre as equipes, foi alcançada com mérito, e a final com a Argentina será gigante no domingo (18) no Lusail. Uma final digna de duas grandes nações, sonhando com o tri-campeonato.
Marrocos foi heróico
Mas é preciso falar de Marrocos. Que Copa do Mundo fizeram os africanos, caindo de pé hoje. Sofreram um gol no comecinho do jogo, ficaram atrás no placar pela 1ª vez na Copa e pressionaram a França. Em alguns momentos, encurralaram o forte e experiente time francês, que precisou se desdobrar para segurar o placar.
Na etapa final de jogo, empurrados por uma fanática torcida, a pressão marroquina continuou e quando o empate parecia próximo, sofreram o segundo gol. Muitos tinham dúvidas se Marrocos teria qualidade para atacar a França, mas eles mostraram que tinham, criando pelo menos 5 chances de gol, a melhor com El Yamiq, de bicicleta, acertando a trave.
A Seleção do ótimo técnico Walid Regragui, e dos jogadores Bono, Hakimi, Saiss, Amrabat, Ounahi, Ziyech e En-Nesyri - só para ficar nos destaques - fizeram a Àfrica sonhar com uma final de Copa, jogaram um futebol muito competitivo que encantou pela disciplina e entrega tática. A final da Copa do Mundo não foi possível, mas a disputa do 3º lugar contra a Croácia é uma conquista a ser valorizada e com certeza a valente equipe marroquina vai buscar o resultado no sábado.
Final pesada
A final entre França e Argentina é muito pesada e digna de uma Copa do Mundo. De um lado, gênio Messi e o craque Mbappé, duas estrelas da Copa. Uma final que não tem favorito, mas pelo que a França jogou contra Marrocos, a Argentina chega mais fortalecida.
O time francês tem méritos em se reinventar após tantos cortes e desfalques - não é toda equipe que supera baixas como Maignan, Kimpembe, Pogba, Kanté, Nkunku e Benzema, todos cortados antes da Copa. Sem dúvida os Bleus mostraram força de elenco para chegar até a decisão.
Para completar Rabiot e Upamecano foram desfalques contra o Marrocos por problemas gripais e a participação deles na decisão contra a Argentina é um mistério. Com Griezmann iluminado - mais uma grande partida dele na semifinal - além de Giroud, Mbappé e Dembélé como tro poderoso, a França chega para a decisão com um coletivo em pleno funcionamento e uma força mental absurda. O poder de decisão nesta quarta foi notório, com dois chutes na meta e dois gols. Que chegue logo domingo...