Análise: Leão teve personalidade para ser campeão nos pênaltis após dura derrota no tempo normal

Tricolor de Aço foi campeão nos pênaltis diante do CRB no estádio Rei Pelé

Legenda: O Leão fez um 2º tempo abaixo no Rei Pelé e a decisão da Copa do Nordeste foi para os pênaltis
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC

A conquista do Fortaleza em Maceió foi com sofrimento. Mais do que a torcida esperava. Ou melhor, ninguém esperava que fosse assim, pelo resultado de 2 a 0 no jogo de ida, que era confortável e administrável.  Mas o Leão de Aço fez um 2º tempo irreconhecível, recuou, sofreu dois gols e definiu o título nos pênaltis.

Ai apareceu o mérito do Tricolor de Aço. Não era fácil ir para uma disputa de pênaltis carregando um histórico recente de derrotas - LDU, Ceará e Vasco - e o peso de ter deixado a vantagem no tempo normal escapar.

E o Leão foi perfeito nas penalidades. Nem precisou das defesas de João Ricardo. Quando Anselmo Ramon perdeu a primeira cobrança do CRB, os jogadores leoninos tiveram a calma necessária para converter todas: Lucero, Pedro Rocha, Zé Welison, Hércules e Pikachu.

Uma conquista merecida, pela força demonstrada no mata-mata - atropelou Altos/PI (5x0) e Sport (4x1), venceu o CRB na ida por 2 a 0 - e poderia ter sido mais, pelos gols perdidos no 2º tempo.

Legenda: O Leão foi campeão do Nordeste no estádio Rei Pelé, em Alagoas
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC

O Tri do Leão da Copa do Nordeste mostra força de um clube que virou protagonista da região, e mantém os 100% em finais, vencendo todas.

E as lições?

O título dá muita moral ao Fortaleza, tira um peso, pelo investimento para a temporada. A sequência é desafiadora, com Série A e Sul-Americana, mas o título deve deixar tudo mais leve no Pici. A confiança aumenta demais ao levantar uma taça.

Mas é preciso alertar pelo 2º tempo que o Fortaleza fez. O recuo e ceder a pressão do CRB na etapa final não condiz com a qualidade dos times. O Leão tinha uma formação em campo que permitia se defender bem e contra-atacar. Mas não conseguiu, o bravo - mais limitado - time alagoano, se encorajou, fez os 2 gols que precisava e por pouco não fez o 3º com João Ricardo salvado em chute de Hereda.

Passada a comemoração, é entender o que aconteceu e trabalhar para não se repetir. Os jogadores mesmo nas entrevistas no gramado para a Verdinha deixaram claro o descontentamento pelo 2º tempo abaixo que fizeram. Repito, os desafios serão ainda maiores - Série A e Sul-Americana - e o desempenho precisa ser melhor. Mas fica para depois, agora é momento dos tricolores comemorem.