Empresa australiana busca construtora para planta bilionária de hidrogênio no Ceará

Fase de engenharia é próximo passo para o projeto, que vem ganhando maturidade

Escrito por
Victor Ximenes producaodiario@svm.com.br
Legenda: Luis Viga, líder da Fortescue no Brasil
Foto: George Lima

A australiana Fortescue está em busca de uma construtora para executar seu ambicioso projeto de produção de hidrogênio verde no Pecém, com previsão de R$ 18 bilhões em investimentos. 

Esse passo mostra que o projeto está avançando, segundo Luis Viga, líder da companhia no Brasil. Encontrar uma construtora para esse tipo de empreendimento, no entanto, é desafiador, pois no mundo há pouquíssimos projetos semelhantes.

Viga afirma que vários nós foram desatados em 2025, o que abre um caminho de otimismo para o segmento de hidrogênio em 2026. É justamente no próximo ano que a empresa — e outras que possuem pré-contratos assinados — deve anunciar sua decisão final de investimento.

"O preço do hidrogênio no mercado internacional ainda não está no patamar ideal, mas já se nota um ajuste que pode ser importante para a viabilidade dos projetos", comenta Viga.

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Números e status do projeto

Com capacidade para produzir 175.000 toneladas de hidrogênio por ano (equivalente a 0,9 milhão de toneladas de amônia), o projeto industrial está na fase de trabalhos de engenharia e obtenção de licenças. A companhia já possui licença da Semace para iniciar as obras de preparação do terreno.

  • Energia: 1,2 gigawatts de potencial instalado (Fase 1).
  • Hidrogênio: 500 toneladas/dia de hidrogênio verde e 175 mil toneladas/ano
  • Amônia: 2.800 toneladas/dia diárias de amônia verde e 900 mil toneladas/ano.
  • Investimentos previstos: cerca de R$ 18 bilhões.
  • Empregos: 5.000 empregos diretos estimados durante a construção.
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