O que a saída de Tiago Leifert nos ensina sobre ciclos

Legenda: Leifert estava no comando do BBB desde 2017
Foto: Globo/João Cotta

Na última quinta-feira (9), o apresentador Tiago Leifert, 41 anos, anunciou sua saída da Globo. Isso pegou todos de surpresa, visto que, com 15 anos de “casa”, ele goza de muita admiração e prestígio junto aos colegas e a cúpula da emissora. Além disso, ele se encontra no auge de sua carreira, com comprovado reconhecimento do seu talento e conquistas financeiras.

Atitudes como essa, provoca questionamentos e conclusões, tipo: O que levou o Tiago a sair? Existe alguma coisa errada. Ele vai para outra emissora?  Mas, que é estranho é! Rss!

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Como parece difícil para maioria das pessoas simplesmente aceitarem os fatos como são.

A vida é feita de ciclos. Nascer, viver e morrer! Começar um relacionamento, vivê-lo e terminar. Quer seja por morte física ou por separação. 

Estações do ano, fazes da lua, sístoles e diástoles. Dias, semanas, meses, anos... Ciclos.

Nem sempre é fácil aceitar o final de um ciclo. Mesmo que seja da vida de outrem, desde que tenha algum vínculo afetivo. Pode até não conhecer pessoalmente, como um Global, mas tem identificação com o modo de ser, de se expressar, a própria história, a trajetória de vida ou profissional, ou qualquer outro ponto de afinidade.

Existem relacionamentos que duram dias e ao término tem sofrimento. O que dizer dos que duraram anos? Tem luto, menor ou maior, saudável ou doentio. Muitas vezes não se sabe nem ao certo porque está sofrendo, mas o simples fato de ter acabado traz dor, evoca o sentimento de fracasso.

Até as amizades podem “mudar” ao longo do tempo. Como indivíduos, nós mudamos a todo instante. Assim como nós, os nossos amigos também. O que pode levar a falta de afinidade, de sintonia. É como se passássemos a funcionar em frequência vibratórias diferentes, orbitais diferentes. Não dá mais” liga”. Mesmo que insistamos, não conseguimos. 

O ciclo acabou. Precisamos aceitar.

No âmbito profissional, também requer constante autoavaliação do quanto se está satisfeito. 

Na cultura tradicional japonesa, a pessoa começa e termina sua vida funcional em uma mesma empresa. É cultural. Já no ocidente, tudo é mais dinâmico e atualmente isso raramente acontece. Não estou querendo dizer que é certo ou errado, melhor ou pior, apenas trazendo paradigmas diferentes.

No caso do Tiago, ele está por cima e resolveu sair. Para muitos, é uma loucura o que está fazendo. Mas, só ele sabe o que o motiva a dar esse passo. Pode ser que fez até aqui tenha sido maravilhoso, mas tenha outras aspirações, outros sonhos e projetos.

A coragem dele pode servir de estímulo àqueles que vem empurrando suas vidas com a barriga, insatisfeitos com as situações (profissional e pessoal) que vivem e estão acomodados. Postergando decisões e consequentes atitudes coerentes com aquelas. Esperando, tais quais crianças, que alguém (até Deus) venha mudar as suas vidas, fazendo o que somente elas podem e devem fazer. E o tempo passando!

O ser humano facilmente se acomoda, principalmente quando está ganhando. Com o passar do tempo, surge o vazio vindo da zona de conforto. E ele precisa sair daí para que tenha vida, e vida em abundância. A mesmice cansa. Ao contrário do jargão do futebol, time que está ganhando se mexe, sim. 

Se você não tem sonhos, ou se tem, mas não está fazendo nada para concretizá-los, cuidado! Tudo tem um preço, as escolhas também. Seu corpo pode estar dando sinais através de pequenas doenças e dores. A sensação de que algo lhe falta é constante, mesmo que tente preencher, ou se enganar, com compras, comidas, drogas lícitas e ilícitas, cuidado exagerado com a aparência e vaidade.

Invista no seu autoconhecimento e atenda o que sua alma mostra que precisa viver, aqui e agora!

Paz e bem!

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.