O risco tricolor ao trabalhar em duas frentes

Leia a Coluna desta terça-feira (13)

Legenda: O Fortaleza está lutando pelo título do Campeonato Brasileiro e também disputa a Copa Sul-Americana
Foto: Ismael Soares / SVM

Amanhã, o Leão de Aço voltará a campo pela Copa Sul-Americana. No Estádio Gigante Arroyito, às 19 horas, enfrentará o Rosário Central. É jogo eliminatório pelas oitavas de final da competição. Depois, no dia 21 de agosto, uma quarta-feira, acontecerá o jogo de volta no Castelão. 

Até aí, tudo bem. O problema é o desgaste que os jogos eliminatórios provocam. São decisões de vaga que exigem muito do elenco. Geralmente, as equipes sofrem quedas de produção, quando submetidas a duas competições paralelas. Não consegue engrenar uma sequência de boas apresentações. 

Quem trabalha em duas frentes assume riscos. É público e notório: dificilmente há um time de futebol que ultrapasse, sem perdas, os obstáculos de toda ordem. Se conseguir manter o padrão nas duas competições, o time de Juan Pablo Vojvoda será uma louvável exceção.  

Há torcedores ousados. No embalo dos resultados positivos, deixam claro a sua posição: buscar os títulos de campeão nas duas competições. Se der, ótimo. Que assim seja. Amém. 

 

Renúncia 

 

Quando, no dia 25 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renunciou à presidência da República do Brasil, deixou claro que forças terríveis se levantavam contra ele. Que forças teriam sido essas? Ele não delineou. Até hoje não se sabe que forças ocultas teriam coagido o então presidente. 

 

Forças ocultas 

 

No futebol, as forças ocultas também funcionam. Mas, como o próprio nome está dizendo, são invisíveis, impenetráveis. Tais forças deixariam o Fortaleza sagrar-se campeão da Série A em 2024? Um time do Nordeste no lugar dos chamados grandes times da corte? Essas divagações já estão na mente do torcedor. 

 

Marcações 

 

Não de hoje, o futebol já registra fatos que deixam intrigados os nordestinos. Não vou longe. Em 1994, na decisão da Copa do Brasil entre Grêmio e Ceará no Estádio Olímpico de Porto Alegre, a arbitragem foi extremamente prejudicial ao Ceará. O Vozão teve um pênalti a seu favor não marcado, além da expulsão de Sérgio Alves e Victor Hugo.  

 

Intimidação 

 

O Ceará foi apenado com nove cartões e todo tipo de intimidação. Resultado: o Grêmio ganhou o jogo (1 x 0, gol de Nildo), sendo proclamado campeão. Teriam agido aí as forças ocultas no futebol? É impossível afirmar, mas é possível questionar. Há um tal de se colar, colou. Decisões esdrúxulas até hoje não explicadas. 

 

Elucubrações 

 

Nestas meditações, às vezes desconexas e imaginativas, há algo de verdade nos temores nordestinos. Hoje, já é mais difícil prejudicar um time, haja vista todo o aparato visual para tirar as dúvidas. Mesmo assim, vale lembrar um dito popular: “Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem”. Pensamento válido também para “forças ocultas”. 

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