O melhor momento para o clássico

Não faz muito, a torcida do Fortaleza se mostrava preocupada porque o time dera sinais de fadiga. As vitórias não aconteciam como antes. O time perdeu a Copa do Nordeste. A produção tornou-se sombria. Gradualmente, porém, Rogério Ceni foi retomando o controle da situação. As vitórias voltaram a acontecer. A 1ª em Goiânia diante do Goiás. A 2ª em casa diante do Bragantino. Veio a subida para a 7ª colocação. E já enfrentou dois gigantes: São Paulo e Corinthians, na casa deles. O Ceará também andou vacilando, após a bela conquista invicta da Copa do Nordeste. Chegou à incômoda zona de rebaixamento, inclusive vice-lanterna. Por uma dessas coincidências do destino também foi confirmar sua retomada em Goiânia. Bela vitória sobre o Atlético/GO (0 x 2). Somou à vitória sobre o Bahia, no Castelão (2 x 0). A convergência dos sucessos tricolores e alvinegros valorizou demais o clássico. Há enorme expectativa. Depois da aguda fase do isolamento social, será a 3ª partida. Na 1ª, ganhou o Leão. Na 2ª, ganhou o Vozão. Agora, um confronto para tirar dúvidas. Nem todas, talvez. Mas será possível tirar boas conclusões sobre o atual momento de ambos.

Escalação

O jogador é quem se escala. Quando entra e dá conta do serviço, mesmo que não tenha as simpatias do treinador, termina se fixando. Alguém tem dúvida de que Clebão fixou-se pelo que fez na Copa do Nordeste? Claro que Guto teve o mérito de dar ao jovem a oportunidade. Mas a oportunidade foi dada porque Clebão nos treinos mostrara serviço.

Aproveitamento

Ainda que em nome de variações táticas, o técnico Rogério Ceni terá de pensar duas ou mais vezes sobre como justificar a ausência de Wellington Paulista, atacante que está numa fase extremamente feliz. Mesmo que Ceni explique a necessidade de um modelo temporário, sem um atacante tipo Wellington, padecerá críticas pesadas se não der certo.

Aí é Ferrão, meu filho!

Que bom ver o Ferroviário brilhando intensamente na Série C. Na sua trajetória, vitórias sobre o Botafogo-PB (2 x 0), Vila Nova (4 x 0) e Treze (0 x 3). Sofreu apenas um apagão no segundo tempo do jogo com o Remo em Belém. Inexplicavelmente, o Ferrão, mesmo com um jogador a mais durante todo esse tempo, tomou dois gols e perdeu o jogo (2 x 1).

Há casos de afinidade que não encontram explicação. Acontecem. Exemplo disso é o relacionamento positivo entre Marcelo Vilar e o Ferroviário. Exceto pequenos arranhões que não deixaram cicatrizes, os dois vão dividindo as alegrias dos sucessos.

Há quem diga ser cedo para euforia. Foram concluídas apenas quatro rodadas das 18 rodadas da primeira fase. Há muito chão para ser percorrido. Mas, levando-se em conta os adversários, é plenamente plausível uma ascensão coral, desde que mantenha o padrão.