O Ceará, que anda vacilando na retaguarda, sendo essa a principal preocupação do momento, enfrentará o Bahia, amanhã, às 21:30, no Castelão. É um dos mais tradicionais clássicos da região. O Vozão anda hesitando demais. Por duas vezes, com o jogo praticamente sob controle, cedeu o empate, após abrir boa vantagem por dois gols de diferença sobre o Fortaleza e sobre o ABC de Natal. Isso gerou uma série de reações da torcida alvinegra, insatisfeita com o Vozão, já pela incapacidade de manutenção do placar vantajoso.
O adversário do Ceará, o Bahia, montou uma equipe poderosa. Lá estão Caio Alexandre, Rezende, Everton Ribeiro, Cauly e Thaciano. Não por acaso é líder do seu grupo. O técnico Rogério Ceni, idolatrado pela torcida do Fortaleza, está tentando fazer no Bahia o que fez aqui no time do Pici. O Bahia vem de um resultado muito bom: vitória sobre o CRB, dentro do Estádio Rei Pelé, em Maceió. É muito importante para o Ceará o desafio diante do Bahia. Uma espécie de teste que vem na hora certa. Depois, é partir para os dois clássicos diante do Ferroviário. Tudo no seu devido tempo. Preservar as vantagens adquiridas será a missão alvinegra.
Ontem à tarde, o Fortaleza não encontrou dificuldade para vencer o Fluminense do Piauí, no Estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina. Um placar de 3 a 0 a favor do Leão, construído naturalmente, imposto pela superioridade técnica do time cearense. Agora o Leão enfrentará o Retrô, de Pernambuco, quinta-feira, dia 14, às 21:30.
Com a passagem de fase, o Fortaleza garantiu a entrada de quase um milhão de reais nos seus cofres. A premiação da Copa do Brasil é bem significativa. Se de um lado é um certame inchado, eivado de privilégios, de outra forma compensa pelo dinheiro farto que distribui. E assim caminha a humanidade.
Tenho um carinho especial pelo Estádio Lindolfo Monteiro. São lembranças afetivas do tempo em que acompanhei Dídimo de Castro e Carlos Said pelas ondas tropicais da Rádio Pioneira de Teresina, na década de 1960. Mas o querido estádio não mais oferece boas condições para jogos importantes como ficou provado no jogo Fluminense-Pi 0 x 3 Fortaleza. Correto teria sido no Estádio Albertão.
Daqui de Fortaleza mando meu afetuoso abraço aos queridos Dídimo de Castro e Carlos Said, dois nomes que marcaram a história do rádio nordestino. Dídimo (Na Trajetória dos Noventa) e Carlos Said (O Magro de Aço) são dois gigantes da comunicação. Exemplos de profissionalismo e amor ao que abraçaram. Dídimo está com 80 anos de idade. Carlos Said está com 93 anos.
Nestes meus 59 anos de profissão, que completo em setembro, conheci pessoalmente nomes famosos da crônica esportiva brasileira. Jorge Cury, Pedro Luiz, Doalcey Camargo, Fiori Gigliotti, Osmar Santos, Luciano do Valle, Walter Abraão, Joseval Peixoto, Galvão Bueno, dentre tantos. Não tive o prazer de conhecer pessoalmente Dídimo de Castro e Carlos Said, dupla que tanto admiro.