As diferenças pontuais do primeiro clássico

Foto: KID JUNIOR

Fortaleza e Ceará enfrentam-se sábado. Será um clássico com característica especial. São situações bem diferentes vividas pelas duas equipes. O Fortaleza manteve o grupo e mostrou a importância da sequência de um ano para o outro. O Ceará teve de improvisar tudo na estreia diante do Sergipe porque a maior parte do grupo contraiu a Covid. Agora é saber como estão os alvinegros Luís Otávio, Messias, Pacheco, Fernando Sobral, Richardson, Lima e Vina, dentre outros. Só o clássico produzirá condições para uma avaliação consistente. Até agora o Fortaleza detém a melhor imagem dentre os 16 competidores, tendo apresentado o futebol mais qualificado e bonito de ser visto. No jargão do futebol, é comum se ouvir que clássico nivela. Faz sentido. Entretanto, às vezes, não é bem assim. Fica impossível comparar a estreia de ambos na competição. As circunstâncias foram díspares. Se o Ceará tiver de volta os jogadores fundamentais, não há dúvidas de que equilibrará. Mas, se tiver de improvisar muito devido a sequelas da Covid, aí as dificuldades para acompanhar o ritmo tricolor serão maiores. É que o Leão já se mostrou intenso e permanente conforme gosta o seu treinador. 

 

Expectativa 

 

É nos clássicos que os ídolos se estabelecem e fixam seus nomes na história. Assim, a verdadeira estreia de Sílvio Romero pelo Fortaleza e Zé Roberto pelo Ceará só acontecerá para valer no clássico de sábado. Se a estreia aconteceu antes de clássico, entendo que foi apenas uma espécie de cartão de apresentação. A consagração só vem mesmo no confronto entre os dois rivais. 

 

Imagens 

 

Os maiores ídolos do Fortaleza e do Ceará fizeram história exatamente porque brilharam nos clássicos. E houve até quem conseguiu brilhar no Fortaleza num período e no Ceará num outro período, sendo a recíproca verdadeira. Nas antigas, Gildo pelo Vozão; Croinha, pelo Fortaleza. Nos tempos mais recentes, Clodoaldo pelo Fortaleza; Sérgio Alves pelo Ceará. 

 

Renovação 

 

Depois da goleada (4 x 0) que a Seleção Brasileira aplicou no Paraguai, em Belo Horizonte, a imprensa do Sul/Sudeste se desmanchou em elogios aos jovens Antony, Matheus Cunha, Raphinha e Vinícius Junior. Os cronistas já perguntam a razão pela qual a renovação não acontece de forma mais significativa. Os novatos estão pedindo passagem. 

 

Adversário 

 

Verdade que os garotos estão pedindo passagem, já de olho na Copa do Mundo do Catar. Mas há também a necessidade de os jovens encararem seleções mais fortes, de preferência as seleções de ponta dos países europeus. Só assim se poderia dizer que os garotos estão realmente preparados para os desafios de uma Copa do Mundo.