O governador Elmano de Freitas (PT) sinalizou que irá gerar uma ambiência favorável para o Ceará receber investimentos do mercado de energias renováveis. A declaração foi dada durante o lançamento da 1ª planta de Hidrogênio Verde (H2V) do Estado, nesta quinta-feira (19), em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza.
"O setor privado do Ceará, do H2V, da energia renovável, conte com o que precisar do Governo do Ceará, para desenvolvermos esse setor e a economia cearense”, disse.
Elmano acrescentou ter “absoluta consciência” de que o Estado “tem contas equilibradas, com capacidade de investimento”, mas ponderou ser necessário “uma sinergia com o setor privado” para atrair players.
Segundo o governador, ele também já demonstrou o interesse às federações das Indústrias do Estado (Fiec) e do Comércio de Bens Serviços e Turismo (Fecomércio-CE).
Elmano afirmou ainda querer ampliar a produção de energias renováveis no Estado, incluindo pequenos os produtores. Ele não citou, contudo, políticas públicas voltadas para a finalidade.
"Estamos diante de uma oportunidade de aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará e de mudar de vez a vida de milhares e milhares de famílias de cearenses que são pobres, que não têm oportunidade. Produziremos Hidrogênio Verde com energia eólica e solar", enfatizou.
Nós podemos ter grandes plataformas de energia solar, será muito importante para o nosso povo. Mas podemos ter pequenos produtores de energia solar. Isso significa tirar pessoas da extrema pobreza e fazer esse povo ter renda, ter riqueza”
1ª planta de Hidrogênio Verde (H2V) no Ceará
Nesta quinta-feira (19), a EDP, que atua em toda a cadeia do setor elétrico brasileiro, lançou a sua planta de produção de hidrogênio verde como parte do projeto de Pesquisa & Desenvolvimento Pecém H2V. O investimento foi de R$ 42 milhões, segundo a empresa.
O evento reuniu autoridades para oficializar a produção da primeira molécula de Hidrogênio Verde.
A planta é composta por uma usina solar com capacidade de 3 megawatts pico (MWp), para garantia de origem renovável, e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível, com capacidade para produzir 250 Nm3/ do gás.
O hidrogênio já é um gás usado como fonte para transportes e para a indústria. As duas formas mais consumidas desse elemento químico são a marrom (gerado por carvão) e a cinza (gerado por metano).
Ambas são extremamente poluentes e vão de encontro à descarbonização da economia. Já a terceira é o H2V, produzido a partir de fontes renováveis.
A geração via energia eólica, solar ou de biomassa garante um processo limpo e sustentável para reduzir as emissões de gás carbônico de diversos setores econômicos que utilizam a substância.
Diferenciando-se dos demais, portanto, por não utilizar combustíveis fósseis (não renováveis) na sua produção.