A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) no Ceará organiza o primeiro feirão de seminovos das concessionárias do Estado. Reunindo todos os serviços necessários para o cliente garantir a compra um veículo, a entidade espera vender entre 30% a 40% dos mais de 500 carros que estarão expostos entre os dias 24 e 26 de junho, no estacionamento do shopping Iguatemi Fortaleza.
Segundo o vice-presidente da Fenabrave-CE, Lewton Monteiro Júnior, o evento deverá ter veículos de faixas variadas de preço, dando opções distintas aos consumidores. Ele comentou que, apesar de as concessionárias estarem prontas a disponibilizar o catálogo completo de forma digital, o feirão terá carros variando entre R$ 30 mil e R$ 200 mil.
Estamos vendo um aquecimento no mercado de seminovos por conta da falta do veículo novo, ou seja, muitas famílias estão buscando essa opção para adequar esses valores no orçamento"
"As concessionárias são os primeiros captadores de veículos, e tem padrões técnicos e administração dos veículos que dão uma segurança jurídica maior. Além disso, temos o laudo cautelar para que não se negocie carros com acidentes graves sem que o cliente saiba", acrescentou.
Além disso, Monteiro destacou que o feirão deverá oferecer muita agilidade no processo de compra e transferência dos carros para quem decidir "fechar negócio".
"O cliente comprando um caro nesse feirão, ele pode ficar totalmente tranquilo, porque terá toda a garantia das concessionárias, e ainda teremos o Detran no local para fazer a vistoria do veículo. Ainda teremos um banco no local para checar condições de financiamento, então teremos uma forma tranquila e ágil".
Ao todo, 19 concessionárias cearenses deverão participar do feirão, segundo a Fenabrave-CE.
Lewton destacou, também, que as empresas deverão afetar carros de tipos distintos, indo desde as versões mais populares às caminhonetas 4x4.
"Imaginamos que venderemos entre 30% a 40% dos veículos expostos, então estamos falando de cerca de 200 carros. E vai ter carro de todo valor, desde os de entrada até os mais caros, como caminhonetas a diesel", disse.
Demanda por novos
Sobre a equalização do mercado de veículos novos, que vem sendo pressionado pela alta de preços de componentes e e custos logísticos no mundo inteiro, Lewton destacou não haver previsões positivas até o meio do ano que vem.
O vice-presidente da Fenabrave afirmou que os preços dos carros novos devem continuar oscilando muito por conta da elevação de preços dos semicondutores (importantes na produção de chips) e do encarecimento dos custos de logística gerados pela pandemia e guerra na Ucrânia.
"As previsões que estamos fazendo são muito próximas. Temos situações que vão mudando, com a pandemia se agravando e afetando o mercado da China, além de termos problemas de logística atualmente. A guerra na Ucrânia também tem peso, porque muitos componentes para confecção de semicondutores vinham da Rússia. Então, se nada mais anormal acontecer, o mercado de novos deve se normalizar no meio do ano que vem", projetou Lewton.