A albumina é uma proteína encontrada em abundância no corpo humano e em diversos alimentos. No organismo, possui várias funções e pode ser usada como suplemento em dietas que visam ganho de massa muscular. Mais barata que outras opções proteicas, como o whey, o consumo dela possui vantagens e desvantagens.
A nutricionista Mariana Ferreira explica que, no sangue, ela serve para auxiliar no transporte de substâncias e, quando é suplementada associada à prática de exercício físico de força, aumenta o ganho de massa magra.
A albumina é uma proteína com um bom perfil de aminoácidos (unidades que formam a proteína), o que facilita o estímulo à síntese proteica e, por consequência, a hipertrofia, além de ser de fácil digestibilidade e tem um valor bem mais acessível se comparada ao whey protein”.
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Mariana Ferreira detalha que ambas são proteínas de qualidade e estimulam o ganho de massa muscular, mas têm vantagens e desvantagens. Então, escolher qual é o melhor depende da necessidade de cada paciente.
Enquanto o whey protein é derivado do soro do leite e possui restrição para alérgicos à proteína do leite ou intolerantes a lactose, a albumina pode ser uma opção interessante para este público. No entanto, ela é absorvida mais lentamente, enquanto o whey é de rápida absorção, facilitando seu uso em diferentes momentos do dia.
Outro ponto importante é a palatabilidade: a albumina tem um gosto característico, semelhante ao ovo, que pode ser considerado não muito agradável, como explica a nutricionista. Já o whey tem mais opções e é mais aceitável.
Conhecida como “proteína da clara do ovo”, devido à alta concentração nesse alimento, a substância também está presente no leite, em carnes, em peixes, na aveia, na pasta de amendoim, no brócolis e na soja. Devido à abundância, nem sempre é necessário consumir a versão sintetizada — encontrada no formato em pó, saborizado ou natural, e em cápsula —, como detalha a especialista.
“Por estar presente nos ovos (na clara, principalmente), nem sempre a suplementação se faz necessária. No entanto, em casos específicos em que existe uma necessidade maior de ingestão proteica, como exercícios de alta intensidade, sarcopenia [síndrome caracterizada pela perda progressiva da massa muscular], dificuldade na ingestão de fontes alimentares de proteína ou até mesmo pela praticidade, a suplementação pode ser uma opção viável".
A nutricionista também informa que a albumina é uma proteína de lenta absorção, então o melhor horário para consumi-la é durante à noite, como, por exemplo, na ceia — refeição leve feita ao fim da noite.
Apesar das diversas vantagens associadas à suplementação da albumina, existem algumas restrições, como alerta Mariana Ferreira.
Não é recomendado o uso por pessoas com insuficiência renal — que realizam hemodiálise —, alergia a ovo, problemas no fígado e pancreatite. Pelo alto teor de sódio, pessoas com pressão alta também devem evitar".
Já grávidas podem consumir a substância desde que não apresentem alergias. A especialista ainda destaca que o insumo pode provocar possíveis efeitos colaterais, como diarreia, flatulência e aumento da pressão arterial.