O uso de shampoo, máscara e condicionador é básico para a realização da higiene capilar, porém existe uma corrente que acredita que a composição do shampoo é prejudicial para os fios, causando ressecamento. Técnicas como o no-poo, pré-poo e low-poo surgiram a partir disso, com o objetivo de evitar esses malefícios.
Os shampoos contam com sulfatos na composição, tensoativos iônicos que possuem um alto nível de limpeza, conforme explica a terapeuta capilar Giselle Oliveira. São esses ingredientes que se acredita fazer mal ao cabelo.
“Os sulfatos são ingredientes importantes para a higienização do couro cabeludo e não fazem mal ao cabelo. No entanto, apesar desse benefício, eles podem ser ingredientes irritantes a alguns tipos de pele do couro cabeludo. Além disso, se a técnica ou shampoo escolhido não for o adequado para o nível de sujidade do cabelo, pode haver ressecamento”.
Técnicas ‘poo’
Para diminuir os impactos dos sulfatos nos cabelos, surgiram as técnicas ‘poo’, termo que vem de shampoo/espuma. A terapeuta capilar explica que o low-poo se trata basicamente de uma lavagem com produtos que possuem baixo nível de limpeza e, consequentemente, menos sulfatos.
Já o pré-poo, se trata de uma técnica que utiliza algo para proteger os fios previamente antes da lavagem com o shampoo. “Geralmente, se usa um creme leve, para que os sulfatos do shampoo não retirem ainda mais oleosidade das pontas daquele cabelo”.
O no-poo, contudo, já é uma técnica mais radical, em que não se faz utilização de shampoo de jeito nenhum. A limpeza dos cabelos pode ser feita com bicarbonato de sódio e vinagre de maçã, por exemplo.
Por isso, alguns ingredientes são de uso proibido para quem faz essas técnicas, tais como sulfatos como Laurys, petrolatos como Petrolatum, óleos minerais e silicones como Ciclomethicone.
E o co-wash?
Dentro do no-poo, entra o co-wash, uma alternativa para fazer a higienização dos cabelos com condicionador. “Nesse produto os ingredientes mais comuns para a higienização são os anfóteros, tensoativos que higienizam os fios sem causar ressecamento”, destaca Giselle.
“Porém, muito cuidado! Pois nesse tipo de lavagem é proibido utilizar cremes que contenham silicones e seus derivados”, alerta a especialista.
Giselle recomenda usar um creme próprio que não tenha silicones ou petrolatos para fazer a técnica. Primeiro, molhe os fios, e depois passe uma pequena quantidade do produto no couro cabeludo, massageando e enluvando bem para retirar a sujidade. Por fim, enxague os fios e finalize como preferir.
Para quem é indicado
No-poo: pessoas que possuem alergias aos sulfatos;
Low-poo: pessoas que possuem um couro cabeludo e cabelos secos;
Pré-poo: todos os cabelos.
Dessa forma, é importante avaliar a sujidade do couro cabeludo e o tipo de pele para escolher a melhor técnica.
“Para couro cabeludo muito oleoso, as técnicas noo e low-poo podem não ser interessantes devido ao seu nível de limpeza”, finaliza Giselle.